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Munique é considerada por muitos como a cidade mais bonita da Alemanha, e depois de conhecê-la melhor, é difícil discordar. Sua silhueta, onde se destacam as torres gêmeas com abóbadas esverdeadas da igreja Frauenkirche e a torre pontiaguda da Neues Rathaus, parece afirmar, orgulhosa, que nenhuma outra cidade alemã poderia levar este título. Munique é uma mistura de arte, cultura e alegria de viver. Lembrada sempre como capital da cerveja, coração da Bavária, e associada à Oktoberfest, Ludwig e seus castelos, e ainda saborosas wurst de todos os tipos, parques e festivais, Munique é um daqueles raros locais onde o ritmo de cidade grande convive em harmonia com belas e gostosas tradições.

   

Munique foi nossa primeira parada no passeio à Europa daquele ano, e logo ao chegar já começamos a perceber que teríamos que ficar mais tempo na cidade além do planejado, tantos eram os atrativos à nossa volta. O trajeto do aeroporto Franz Josef Strauss ao centro da cidade foi feito no rápido e eficiente trem que conduz a Hauptbahnhof, a estação central da cidade. Dela até o hotel Ibis foram somente mais cinco minutos, seguindo pela Dachauer strasse. Munique foi oficialmente fundada no ano 1158 e em 1240 passou a ser controlada pela família Wittelsbach, linhagem de grande prestígio e poder em toda Bavária, cuja dominação durou até o início do século 20. 

Orientar-se em Munique é fácil. O núcleo turístico está situado entre a estação central - Hauptbahnhof - e o rio Isar, à leste. Entre estes dois locais há um tipo de anel viário que compreende o centro histórico da cidade. Não há necessidade de transporte para percorrer esta área, sendo preferível caminhar por conta própria, já que as distâncias são pequenas. Ao lado, uma imagem da Dachauer Strasse e um dos modernos bondes - strassenbahn - que percorrem as ruas da cidade.

Para quem prefere ou precisa, o transporte urbano é rápido e eficiente. Pode-se escolher entre bondes (Strassenbahn), metrô de curta distância (U-Bahn) e de longa distância (S-Bahn). Compre os bilhetes nas máquinas automáticas existentes em vários pontos da cidade e valide seu bilhete ao embarcar. Há diversos tipos de tarifas, diárias e semanais, mais em conta que bilhetes para cada viagem.

 

É difícil dizer quanto tempo é necessário passar em Munique para conhecer a cidade. São tantas coisas para serem vistas que o tempo parece nunca ser suficiente. Mas uma sugestão é começar sua visita pela margem esquerda do rio Isar, que corta a cidade ao meio. Neste lado fica o coração de Munique. Percorra a Neuhauser Strasse, rua exclusiva de pedestres. Comece pela Karlsplatz, com seus famosos chafarizes, sempre cercados de turistas. Seguindo em direção ao rio você vai passar pela igreja Frauenkirche, onde está a tumba do imperador Ludwig da Bavária. Visite sua cripta e pegue o elevador até o topo das torres para uma vista magnífica de Munique.

 

Ao lado, uma imagem da rua Neuhauser Strasse, rua exclusiva de pedestres. Por aqui turistas encontram muitos restaurantes e comércio muito diversificado, além de barraquinhas na rua oferecendo desde lanches rápidos até flores etc. Prosseguindo a caminhada chega-se à praça Marienplatz, está o prédio da Neues Hathaus (prefeitura), decorado com estátuas dos reis da Bavária, e pátios internos abertos ao público, onde estão restaurantes e exposições. Este é o verdadeiro coração da cidade, e costuma estar cercado por turistas de todos os cantos. Se a fome bater nesta hora sugerimos o agradável restaurante Augustinerbräu (Neuhauser Strasse 16), com um menu repleto de pratos típicos, preços aceitáveis e garçons de boa vontade e paciência com quem não fala alemão.

 

Na foto ao lado, o prédio da Neues Hathaus (prefeitura), considerado como o coração de Munique. Neste local, todos os dias, centenas de pessoas se reúnem na praça Marienplatz para apreciar o Glockenspiel, famoso carrilhão da cidade, situado no alto da fachada principal. Pontualmente as 11, 12 e 17 horas, durante 8 minutos, seus 43 sinos executam um verdadeiro show. São grandes bonecos de madeira que se movem acompanhados por músicas, representando momentos importantes da história, como o casamento de Wilhelm V e Renata von Lothringen em 1568, e dançarinos comemorando o fim da peste que assolou o país em 1517. Não esqueça de levar sua filmadora.

Depois do show pegue o Strassenbahn e vá até o Deutsches Museum, um dos melhores museus da Europa. Lá está contada a história do desenvolvimento da ciência e tecnologia desde seus primórdios, assim como exposições sobre aviões, navios, viagens espaciais, instrumentos musicais e muito mais.

 

Mas vamos ao que interessa, pois ninguém pode vir a Munique sem praticar o mais antigo ritual alemão: Beber cerveja. Esta é a capital mundial da bier mais legítima, e locais é que não faltam para praticar o tradicional esporte de levantamento de copo. Munique tem centenas de cervejarias, onde se pode, não somente beber, mas principalmente se divertir, papear, botar os assuntos em dia e, para um turista, sentir porque a Baviera tem fama de ser a região mais alegre da Alemanha. A cerveja tradicional é servida em grandes copos de vidro de um litro (Mass), mas não segure pela alça. Faça como os alemães, enfie a mão por dentro da alça e enlace o copo com a mão. Muitos restaurantes servem copos menores para turistas, mas você, é claro, vai pedir o grande não é mesmo? Prosit!

Um local muito apreciado para beber uma cerveja é o Viktualien Market, o mercado aberto próximo da praça Peterprlatz. Não deixe de percorrer suas bancas, apreciar e quem sabe comprar algum dos queijos, salsichas e lingüiças de todos tipos imagináveis, vinhos, frutas, condimentos, flores e produtos artesanais. Ao lado, um típico totem do Viktualien Market. De acordo com a tradição, as figuras humanas do poste representam todas as profissões daqueles que trabalham neste local.

 

Quem dispuser de mais tempo na cidade deve alugar um carro ou pegar um trem e fazer uma visita de um dia a Garmish Partenkirchen, cidades geminadas a 90 minutos de Munique. São lugarejos encantadores, com ruas e casas típicas onde se pode sentir o gosto de uma tranqüila cidade do interior da Alemanha. Um dos mais famosos atrativos de Garmish é estar situada aos pés de Zugspitze, a mais alta montanha da Alemanha, com 2.966 m de altitude. Vista um casaco bem grosso e pegue o teleférico ou trem até o topo da montanha.

Durante o inverno Zugspitze é o ponto ideal para praticar esportes na neve. Mais informações no site Zugspitze

A parte central de Munique, ao longo da rua de pedestres Neuhauser Strasse, é onde está a principal parte comercial da cidade. Duas grandes lojas de departamento merecem destaque: Hertie e Galeria Kaufhof. Lá se encontra simplesmente de tudo, inclusive saborosos lanches no setor de alimentação. As duas tem acesso direto pela estação Karlsplatz do metrô. Quem aprecia verde tem que conhecer o Englischer Garten, mais famoso parque da cidade, e um dos maiores da Europa, construído em 1789. Há passeios de barco, carruagens, muito verde e, claro, uma cervejaria enorme. Ao lado, rua com típicas construções germânicas.

 

Tire uma manhã para visitar o palácio Nymphenburg, situado a noroeste da cidade. Para chegar lá basta pegar o Strassenbahn 17, que passa ao lado da estação central. Nymphenburg, construído em 1664, foi a residência de verão dos reis da Bavária (antigamente um território independente, até a unificação da Alemanha). De arquitetura belíssima, entre suas principais atrações estão valiosas telas de mestres da pintura, louças imperiais, uma grande coleção de carruagens e jardins primorosos.

 

Um nome de triste lembrança, mas que nunca deve ser esquecido por todo o mal que representou é Dachau, a poucos quilômetros de Munique. Aqui foi construído, em 1933, o primeiro campo de concentração nazista. Libertado pelas tropas aliadas em maio de 1945, o campo foi posteriormente transformado em memorial e local de preces. Esta é uma das visitas mais emocionantes que fizemos na Alemanha, principalmente ao vermos a grande quantidade de jovens estudantes, que levados por seus professores, vão conhecer esta parte triste da história de seu país, para aprender a evitar que, no futuro, algo semelhante jamais possa acontecer. No infame aviso situado na porta de ferro que dava acesso a Dachau lia-se "Arbeit macht Frei" ( o trabalho liberta).

 

Um endereço que não pode faltar em sua visita é o Residenz, principal palácio urbano de Munique. Mais de 100 quartos desta residência real estão abertos à visitação. Há também exposições das coroas, jóias e artigos religiosos dos primeiros reis da Bavária. Veja também o Grottenhoff, jardim interno ornado com maravilhosa fonte de bronze. E principalmente não esqueça de visitar o Antiquarium, mais impressionante salão do Residenz, uma biblioteca ornada com bustos de líderes romanos e gregos. Ao lado, imagem do Antiquarium.

 

Um castelo de contos de fada em pleno século 21 e seu nome é Neuschwanstein. Construído a partir de 1869 por Ludwig, conhecido como O Rei Louco da Baviera, esta é outra visita obrigatória de quem vai a Munique. Dizem que foi neste palácio que Disney se inspirou para construir o castelo de seu parque temático. Neuschwanstein é o delírio arquitetônico de um soberano atormentado, isolado e obcecado em transformar suas angústias em um castelo que pudesse eternizar a beleza que ele vislumbrava na música de Wagner, por quem era apaixonado. Hoje milhares de turistas do mundo inteiro fazem filas nos portões do castelo, extasiados com a mais famosa obra do rei louco da Baviera, e em pensamento lhe agradecem por este maravilhoso legado. Neuschwanstein está situado em Schwangau, 116 km a sudoeste de Munique. Visite também, quase ao lado, o castelo de Hohenschwangau.

 

O principal evento de Munique é a Oktoberfest. A tradição desta festa teve início em 1810 quando Max Joseph, rei da Bavária, decidiu dar uma grande festa para comemorar o casamento de seu filho, o príncipe Ludwig I, formando uma tradição que iria se repetir todos os anos. Nesta grande festa anual, que dura 16 dias, todas as principais cervejarias e bares da cidade montam pavilhões no parque aos pés da estátua da Bavária, a patrona da festa, para comemorar um dos mais tradicionais eventos alemães. O local vira um imenso parque de diversões, com música, danças, roupas típica, pratos tradicionais e centenas de milhares de turistas, tudo regado com muitos barris de cerveja. Especialmente belo é o desfile das tradicionais carroças de barris de cerveja, que dá início à festa.

Mas mesmo que sua visita a Munique não seja durante a Oktoberfest não há razão para se desapontar. A cidade é uma permanente festa em suas inúmeras cervejarias, e certamente você não vai cometer a loucura de visitar Munique sem visitar uma delas e experimentar suas tradicionais biers não é mesmo? Entre as mais tradicionais estão a enorme Hofbräuhaus (localizada na Am Platz 9, que apresenta à noite o shows Noites da Bavária, com música típica), Mathäser Bierstadt (Bayerstrasse 7) e Augustinerkeller (Arnulstrasse 52), mas há dezenas de outra ótimas.

A Bavária ou Baviera (Bayern em alemão) permaneceu um estado independente até a unificação da Alemanha, em 1871. Ainda hoje, é reconhecida como uma da partes mais bonitas do país. A Capital secreta da Alemanha, assim chamada em referência a sua importância na história do país, e aos tesouros de história e arte que guarda, tem à sua volta lagos, castelos, campos, vales, montanhas nevadas e muito mais. É o ponto de partida ideal para descobrir toda a beleza que a Alemanha tem a oferecer e por isso partimos de lá com saudades, e já fazendo planos para uma próxima visita.

 

 


Brasão de Munique