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A situação geográfica da Polônia a transformou, ao longo do tempo, num dos locais mais sacrificados por guerras e invasões. De tempos em tempos a Polônia como que sumia do mapa, anexada por exércitos invasores. Assim foi sob o domínio dos imperadores da Áustria, durante a ocupação nazista, ou sob o domínio soviético, para ficar somente nos exemplos recentes. Mas isto, longe de demonstrar fraqueza deste povo, só serviu para comprovar sua força e determinação em superar tantas violências. Novamente livres, Polônia e sua capital Varsóvia estão agora cada vez mais convidativos ao turismo. Monumentos e prédios históricos reconstruídos, largas avenidas, áreas verdes em profusão, bons restaurantes, gente bonita pelas ruas e preços muito melhores que no oeste europeu.

A foto acima mostra a praça Rynek Starego Miasta, coração histórico da cidade ,localizada no centro da Cidade Velha (Stare Miasto), bairro mais antigo e belo de Varsóvia. Reduzidos a escombros ao fim da segunda guerra, estes prédios coloridos de arquitetura tradicional foram meticulosamente reconstruídos, e voltaram a adornar esta praça, repleta de restaurantes, bares com mesas ao ar livre, galerias de arte e lojas de artesanato. Exatamente no centro da praça encontra-se a estátua da Sereia de Varsóvia (Warszawska Syrenka). Sua origem vem da idade média, quando costumava aparecer em publicações e documentos oficiais, e até hoje permanece como principal símbolo de Varsóvia. 

Varsóvia foi o ponto mais extremo da Europa em nossa viagem daquele ano. Após doze horas de vôo até Frankfurt e cerca de mais duas horas de vôo até a capital da Polônia, foi com alívio que finalmente chegamos ao hotel Ibis. Era uma tarde de domingo, e logo que chegamos a primeira preocupação foi conseguir um local para almoçarmos. Depois de muito perguntar, conseguimos descobrir um Pizza Hut não muito longe que, nos garantiram, estaria aberto. Quando chegamos lá ele tinha acabado de fechar. Mas claro, com tanta fome, não iríamos desistir assim tão fácil. Depois de muita insistência e súplicas, a simpática e angustiada moça da portaria, talvez para ficar livre daqueles dois estranhos com cara de famintos falando uma língua que ela não compreendia, concordou em nos deixar entrar. E aquela foi a mais deliciosa pizza de quatro queijos de nossas vidas.

No dia seguinte é que nossa vista à Varsóvia começaria para valer. Foi então que começamos a perceber que as dozes horas de vôo e tudo mais iriam tinham valido a pena, e muito. Que cidade gostosa! Que gente simpática! Todas as manhãs saíamos a pé para percorrer a cidade, e quase sempre a caminhada em direção ao centro era feita pela bela avenida arborizada que aparece na foto acima, chamada Solidarnosci. O nome foi dado em referência ao movimento Solidariedade, que, como se sabe, tornou-se famoso no mundo inteiro por conseguir dobrar o domínio comunista imposto pela União Soviética, e organizar pela primeira vez em décadas eleições livres, que culminaram com a chegada à presidência do líder sindical Lech Valessa. 

Ao longo da caminhada chegamos à avenida Jana Pawla II, assim batizada em homenagem a um dos filhos mais queridos da Polônia, o papa João Paulo II. Esta avenida conduz à parte moderna da cidade, onde estão imponentes hotéis e centros de convenções, inteiramente construídos com aço, alumínio e fachadas de vidro, e lembrando talvez uma Nova York em escala reduzida.

Uma das coisas interessantes de uma caminhada em Varsóvia é perceber como suas mudanças sociais, sua história e sua passagem do comunismo para o capitalismo está refletida em seus bairros e construções, conforme cada região que se percorre.

A foto a esquerda é da rua Nowy Swiat, uma das mais movimentadas áreas da cidade. Por aqui estão boas lojas e restaurantes agradáveis, emoldurados por prédios de arquitetura clássica e elegante. Siga em direção sul por esta mesma rua e você estará percorrendo o caminho conhecido como Rota Real, que ganhou este nome por que o rei costumava passar por aqui, no caminho entre seus palácios. São quatro quilômetros ladeados por palacetes, mansões e belos parques, que transformaram o lugar numa das áreas mais nobres da cidade.

Caminhar pelas ruas de Varsóvia é mais ou menos como ter uma aula de história em tempo real, pois a cada passo a gente encontra um monumento, ou prédio, ou restos de construção relacionados a algum período da história do país. Por exemplo, ao longo da avenida Solidarnosci estão ainda alinhados diversos prédios imponentes de cor cinza, construídos durante o período de dominação comunista da Polônia, que parecem, com suas fachadas pouco atraentes, contar alguma coisa a respeito daqueles anos de chumbo. Pouco mais a frente encontra-se uma parede semi destruída, cercada por flores e uma placa com algumas inscrições incompreensíveis, na qual destaca-se o nome Hitler.

Vendo nossa curiosidade, um senhor aproxima-se de nós e começa a explicar o que significava aquilo. Como não entendíamos uma palavra do que ele dizia, explicamos que éramos do Brasil e não compreendíamos sua língua. Na mesma hora ele abriu um sorriso luminoso, repetiu Brrazília! e nos explicou num inglês esforçado que aquela parede era o único trecho que havia restado dos prédios daquela parte da cidade, totalmente destruídos ao fim da segunda guerra, por ordem de Hitler.

O prédio da foto ao lado, Zamek Krolewski (Castelo Real), constitui a construção mais famosa de Varsóvia. Situado bem próximo da região conhecida como Cidade Velha, o castelo Zamek Krolewski foi construído a partir do século 17, e serviu como residência dos reis poloneses. Destruído durante a segunda guerra, ele foi totalmente recuperado nos anos 70 e agora abriga um excelente museu, onde estão em exibição tapeçarias, mobílias antigas, pinturas e muita informação sobre a história da Polônia. Não muito distante, também vale visitar o Museu do Exército Polonês (rua Jerozolimskie 3). Criado em 1919 ele apresenta uma interessante coleção de acessórios militares, fotografias, equipamentos.

Quando chegar a hora do almoço saiba que os preços variam na proporção em que os restaurantes se aproximam do Castelo Real e Cidade Velha. Mesmo assim, não dá para visitar Varsóvia e não sentar sob a lona colorida de um restaurante ao ar livre e tentar entender o menu (nem todos tem versões em inglês). Um endereço que descobrimos depois de muito pesquisar e comparar preços, e que por isso podemos recomendar, é o Przy Duna Ju Restauracja (praça central da cidade velha), que tem uma sopa de cebolas (Cebulowa z Grzyb) ótima, entre outras especialidades.

Outro bom restaurante, numa rua lateral próxima à praça central, é o Restauracja Zapiecek, mais tranqüilo que o primeiro. Entre os pratos mais comuns estão sempre a carne de frango, porco e peixes. Não vale a pena pedir uma taça de vinho, pois as porções são ínfimas. É preferível pagar um pouco mais por uma garrafa. Ou então experimente as cervejas locais, excelentes.

Ainda no setor alimentação, descobrimos por acaso, numa passagem subterrânea junto à estação do metrô na praça Bankowy, uma doceria especialíssima, chamada Cukiernia Meryk Slodkie Chwile. Tudo bem, não dá para falar o nome, mas mesmo assim não deixe de passar por lá para experimentar seus doces e pãezinhos recheados, todos tão deliciosos que deu vontade de trazer um monte para casa

Este prédio sem atrativos nos chamou a atenção justamente por ser o retrato de uma época. Construções simples como esta, sem maiores embelezamentos arquitetônicos, podem ser vistas às centenas pela cidade. São todas do período comunista, e continuam a servir de residência para muita gente. Mesmo tendo aderido ao capitalismo e sido admitida recentemente no mercado comum Europeu, o povo da Polônia ainda enfrenta uma fase de adaptação econômica, e permanece com um padrão de vida mais simples que seus vizinhos da Europa ocidental. A moeda nacional é o Zylot, abreviada PLN, e os preços, para que vem de fora, são muito convidativos.

Um dos melhores museus da cidade é o Narodowe (Museu Nacional), que tem em seu acervo uma extensa coleção de arte cobrindo vários séculos. Em destaque figuram a tela de Jan Matejko, representando a vitória polonesa sobre os cavaleiros Tectônicos, na batalha de Grunwalkd, em 1410. Também são freqüentes as exibições temporárias, com nomes conhecidos da Europa e Américas.

 

Ao lado, um recanto da Cidade Nova (Nowe Miasto), que de nova não tem nada, já que também é centenária. Ela é apenas uma versão menos movimentada da Cidade Velha. Também aqui podem ser encontrados restaurantes, pequenas lojas elegantes, vendendo desde perfumes a artesanato, hotéis chiques mas pouco convidativos para o turista que não quer gastar muito, como o Hotel Regina. O bairro é muito bonito, e quase todos prédios são pintados com cores vivas e contrastantes.

Olhando para estas construções da Nowe Miasto quase nem dá para acreditar que também esta parte da cidade foi dizimada com a guerra e depois totalmente reconstruída. Por aqui estão ainda belas igrejas e o museu Marie Curie. Caminhando até o final da rua acima chega-se a uma encosta que oferece uma excelente vista do rio Vístula, e em sua margem oposta, do bairro residencial de Praga.

Até 1939 a Polônia era o país Europeu com maior população Judia. Com a invasão do país pelas tropas nazistas, este povo viu-se forçado a uma série de restrições desumanas. Seguindo as ordens nazistas, até o dia 31 de outubro de 1940, toda população judia de Varsóvia foi obrigada a mudar-se para o interior de um setor isolado da cidade, que passou a ser conhecido como Gueto de Varsóvia.

Em pouco tempo, confinados na área do gueto, a qual não atingia nem dois quilômetros quadrados, estavam 400 mil judeus, sem alimentos, remédios ou esperanças. Sua única saída era a bordo de um dos trens que diariamente conduziam passageiros para o campo de concentração e morte de Treblinka. Consciente que estava condenada, a população do Gueto revoltou-se contra seus carrascos e lutou heroicamente com as poucas armas que conseguiu obter. Após muitos dias de combates, os nazistas haviam transformado o gueto em ruínas, e exterminado quase toda sua população.

O monumento ao lado foi construído em 1948, no centro da área que correspondia ao Gueto de Varsóvia. Ele homenageia todos aqueles heróis que preferiram morrer lutando a aceitar o destino imposto pelos nazistas.

 

Foto clicada próximo à região mais moderna da cidade, avenida Swietokrzyka esquina com Marszalkowska. Esta é a principal área comercial de Varsóvia. Por aqui ficam um imenso Mc Donald's, filiais das grandes lojas de departamento, como H&M, C&A, a megaloja de música Empik e o maior shopping da cidade, a Galeria Centrum. Quem quiser conhecer produtos típicos da região deve visitar o prédio do mercado Hala Mirowska, na rua Jana Pawla. Ao mesmo tempo, por quase todas as ruas centrais encontram-se barraquinhas, vendendo desde apetitosas sementes de girassol (muito consumidas por aqui) até outros quitutes típicos.

Bem ao estilo capitalista, Varsóvia viu nos últimos anos surgirem imensos shoppings pela cidade, algo impensável algum tempo atrás. Com cinemas, áreas de lazer, grandes lojas de departamento e imensos super mercados, eles fazem a alegria das novas gerações polonesas. Um dos maiores é a Galeria Mokotów (10 km ao sul do centro, na estrada que conduz ao Palácio Wilanow. Um pouco mais distante (30 km do centro) mas igualmente enorme é o Janki (o nome é referência à palavra americana yankee), situado na rua Ulica Mszczonowska. Quem preferir lojas elegantes e com história, não deve deixar de dar uma passeada na Arka (rua Ulica Bracka 25), a mais tradicional e conhecida loja de departamentos de Varsóvia, que com seu estilo art nouveau ainda guarda um esplendor típico de outros tempos, como pode ser visto em sua monumental escadaria.

A foto aérea ao lado mostra um dos ícones da cidade, construído durante o período em que a Polônia fazia parte do bloco comunista. O Palac Kultury i Nauki (Palácio da Cultura) é uma das lembranças mais presentes daquele período, foi construído por ordem de Stalin e pago pelos poloneses, e ainda permanece como o prédio mais alto da cidade, embora ao que tudo indica, deva perder este posto em breve. É amado ou odiado pelos habitantes locais, conforme a linha política de cada um. Mas a vista de seu mirante, no entanto, é uma unanimidade.

Pegue um dos elevadores e vá até sua plataforma superior de observação, para ter uma vista deslumbrante de toda cidade a seus pés. A poucos metros está localizada a estação central da cidade (Warszawa Centralna), de onde partem trens diários para diversos destinos na Europa.

O aeroporto de Varsóvia, denominado Frederic Chopin Airport está situado 10 km ao sul do centro. A melhor forma de transporte até seu hotel é embarcar nos ônibus das linhas número 175 ou 188, que vão até a estação central. Outra alternativa é pegar um táxi, mas evite os taxistas que costumam fazer plantão no hall do aeroporto e abordam os turistas, porque freqüentemente eles cobram mais do dobro de uma corrida normal. Pegue um táxi oficial, os quais fazem ponto em frente ao terminal de chegada. Um preço justo até o centro da cidade não deverá ficar acima de 50 PLN (zylots). Outras informações sobre o aeroporto no site oficial Polish-Airports.

O monumento existente na praça em frente ao Castelo Real é conhecido como Coluna de Segismundo. Trata-se de um dos mais antigos monumentos da cidade, e foi inaugurado pelo rei Vladislau IV, em homenagem a seu pai. Além de histórico, este é também um local muito animado, pois representa um dos principais eixos da cidade, junção entre o bairro da Cidade Velha e início da avenida Caminho Real. Por aqui estão diversos restaurantes (mais caros que a média, é preciso dizer), e barraquinhas vendendo souvenirs por um terço do preço cobrado pelas lojas, e que fazem a alegria dos turistas.

Entre os produtos típicos estão os conhecidos ovos de madeira pintados a mão e as tradicionais bonecas símbolo da fertilidade, conhecidas com Matrioskas. Durante o dia é também deste ponto que sai um trenzinho turístico, que percorre alguns dos pontos principais da cidade. Carruagens também estão à disposição, para os mais românticos. Não deixe de visitar, à curta distância deste local, a Catedral de São João, principal templo católico da cidade.

 

Ao lado, mais uma foto da rua de Nowe Miasto (Cidade Nova), mostrando, ao fundo, as carruagens que fazem passeios turísticos. Embora a arquitetura desta parte da cidade seja praticamente idêntica à da Cidade Antiga, esta é uma região bem mais calma, com menos comércio e gente pelas ruas, mas igualmente bela. A melhor ocasião para visitar o país é entre maio e setembro, já que depois desta época começa a esfriar muito e o clima não favorece muito ao turismo. Cidadãos de nacionalidade brasileira não precisam de visto para entrar na Polônia, desde que não permaneçam mais de três meses no país.

No final da segunda grande guerra, a revolta que já havia acontecido no Gueto de Varsóvia, repete-se em escala maior, em toda cidade. A população inteira revolta-se contra a tirania nazista e decide lutar contra seus opressores. Mesmo dispondo de armas e equipamentos muito inferiores aos exércitos de Hitler, a luta polonesa é heróica. Eles contavam com a ajuda dos soviéticos, já às portas de Varsóvia. No entanto esta ajuda nunca veio.

Naquela ocasião crucial, o ditador russo Stálin preferiu permanecer de braços cruzados e não ajudar a população. Ele sabia que, após a derrota dos revoltosos de Varsóvia, poderia dominar a Polônia sem encontrar resistência. Sozinhos, os poloneses foram trucidados pelos nazistas, e como vingança, Hitler ainda ordenou que Varsóvia fosse completamente destruída. O filme O Pianista, de Polansky, retrata bem este episódio, e mostra como Varsóvia ficou reduzida a cinzas após a vingança de Hitler. Ao lado, um recanto próximo à cidade antiga.

 

Uma visita imperdível durante sua estadia em Varsóvia é ao Muzeum Palac Wilanowie (palácio Wilanów). Construído a partir do século 16, por determinação do rei Jan III Sobieski. Em estilo barroco, o palácio está aberto ao público desde 1962, e entre belos jardins e fontes, podem ser apreciados uma infinidade de objetos artísticos e históricos. A melhor forma de chegar lá é pegando o ônibus no centro. As linhas 116, 117, 130, 139, 164, 180, 519, 522, 700, 710, 724, 725, E-2 vão até lá, e o trajeto leva cerca de 20 minutos.

 

 

Outro palácio que vale a visita, embora bem menor, é o Palac Lazienkowski, situado no centro do parque mais bonito de Varsóvia. Conhecido como Palácio sobre as Águas, lá estão mobílias do século 18, e diversas peças das coleções que pertenceram ao rei Slanislaw August Poniatowski. Além de visitar o palácio você poderá desfrutar do prazer de caminhar pelo parque preferido dos habitantes de Varsóvia, com amplas e românticas alamedas arborizadas, e ainda conhecer o monumento a Frederic Chopin, magistral pianista nascido na Polônia, e local onde, durante o verão, são realizados concertos de música clássica ao ar livre. O trajeto do centro ao parque Lazienkowski é curto, bastando pegar o bonde frente ao prédio do Palácio da Cultura e descer na estação da praça Lubelskiej. De lá até a entrada do parque são mais 300 metros de caminhada. O Lazienki Park é uma pedida ideal para uma tarde agradável. Ao lado, outro trecho da Cidade Antiga.

 

Um simples monumento, mas de significado especialmente emocionante também lembra o sofrimento que a cidade enfrentou durante a guerra. Construído na forma de uma singela parede de mármore branco, nele estão diversos nomes gravados. Neste mesmo local situava-se a estação de trens de onde eram embarcados os judeus enviados para os campos de concentração. Impossível passar aqui, não parar alguns minutos e fazer uma breve oração em memória de todos aqueles que embarcaram neste local para nunca mais voltar.  Visite também o Cemitério Judeu, situado por trás de uma alta muralha da rua Oleia Okopowa. Lá está também sepultado Ludwik Zamenhof, criador da língua internacional Esperanto.

Em polonês, o nome da cidade é escrito Warszawa, sendo a pronúncia algo como Varcháva. Ela é um daqueles lugares que mexe com a gente. São histórias de luta, dominação, coragem e heroísmo em cada esquina, e é difícil não emocionar-se com a história desta cidade, e seu povo tão sofrido.

Warszawa é um exemplo para muitos outras cidades, lugares e gerações. Um exemplo que mostra que nunca devemos desistir ou nos darmos por vencidos, por maiores que sejam as dificuldades. Isto é o que parece afirmar a velha fonte que adorna a praça central de Stare Miasto. Após tantos anos, ela continua a jorrar água límpida. E os velhos prédios históricos, tantas vezes reconstruídos, também continuam no mesmo lugar, agora observando os turistas. Para nós, a visita a Varsóvia foi pura emoção, o encontro com a história e arte. Mas foi também, e principalmente, o encontro com uma forte mensagem de vida e esperança.

 

 


Sereia de Varsóvia