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              |  | Portsmouth e Southsea são duas cidades geminadas, e  caminhando entre elas não dá para dizer onde termina a primeira e começa a  segunda. Mas, historicamente, Portsmouth tem predomínio sobre sua vizinha e  tornou-se uma referência importante no sul da Inglaterra. Ambas formam um  conjunto harmônico e de prédios bonitos, onde parece estar sempre soprando uma  brisa do mar. Historicamente, a localização à beira do Canal da Mancha valeu à  Portsmouth a fama de cidade de marinheiros e navios de guerra e hoje ela é um  dos principais pontos de partida para rotas de navios de passageiros e ferries  ligando a Inglaterra à França, Espanha e países Nórdicos.  |   
              
  
    | Já estivemos em Portsmouth duas vezes, a primeira quando  percorríamos o litoral sul da Inglaterra e a outra quando estávamos a caminho  da França, embarcando num ferry rumo à Saint Malo. A fundação de  Portsmouth ocorreu em 1180, por um francês de nome Jean de Gisors. Entre outras  benfeitorias, Jean de Gisors construiu a capela de Saint Thomas, atualmente  Catedral Anglicana. Na prática quase não dá para perceber os limites entre  Portsmouth e Southsea, já que ambas são pequenas e uma caminhada mais longa  certamente vai levar você a percorrer ruas de ambas. Em Portsmouth fica o  centro, o comércio, teatros etc, e em Southsea a parte, digamos, litorânea do  conjunto, onde situam-se piers, praias e a maior parte das atrações turísticas. |  |    
  
    |  | Nosso dia em Portsmouth começou com um nevoeiro tão denso  que mal nos permitia enxergar o outro lado da rua. Mas por volta de 11 horas, o  sol já brilhava e o céu estava azul de ponta a ponta. A parte central da  cidade situa-se ao longo da Avenida Winston Churchill, onde está um grande  número de hotéis. Uma curta caminhada para o norte nos leva até a zona de  comércio central, ao longo da Commercial Road e Paradise Street, ruas de pedestres.  Lá está o conjunto conhecido como Cascades Centre, maior shopping da cidade,  diversos restaurantes, bares e pubs  |    
  
    | Nesta região também está o Victoria Park, maior área verde  da cidade, e a estação de trens de Portsmouth. Segundo rumo oeste pela Park  Road chega-se ao porto histórico da cidade, sem dúvida alguma, sua principal  atração turística. A fotografia ao lado foi feita em frente à Catedral da  cidade, situada na Saint Thomas Street. Logo adiante fica uma zona conhecida  como Old Portsmouth, como o nome indica, uma área onde grande parte dos prédios  históricos foi preservada, e onde temos a nítida impressão de estar passeando  por alguma rua inglesa do século 17 ou 18.  Um dos pontos históricos de Portsmouth é a casa de Charles  Dickens, um dos maiores novelistas da literatura mundial. Foi construída em  1805, e fica situada na 393 Old Commercial Rd. Outras atrações sempre lembradas  na cidade são o Portsmouth City Museum e o Natural History Museum. Se você é  como nós, e gosta de castelos, visite o Portchester Castle. Fica um pouco  afastado, mas vale a pena. Lá você poderá ver as ruínas do que foi uma  fortificação iniciada pelos romanos e complementada pelos normandos há mais de  mil anos.  |  |    
  
    |  | Como em quase todas cidades litorâneas inglesas, Southsea  também tem seus pier e, neste caso, também praias com seixos em vez de areia.  Mesmo que aqui não se tenha o prazer de sentir areia sob os pés, esta é uma das  partes mais bonitas da cidade, e vale a pena dar uma caminhada ao longo dos 3  km da avenida litorânea e apreciar seus belos prédios de frente para o mar.  Aproveite para visitar o South Pier, que aparece nesta foto, o Aquário da  Cidade, e também a interessante Southsea Model Village, uma cidade em miniatura  onde estão representados diversos prédios históricos. |    
  
    | Portsmouth foi a principal cidade portuária de onde, no Dia  D,  partiram as tropas aliadas rumo à  Europa continental para combater o nazismo. Em homenagem a este evento foi  construído na cidade o maior e único museu do mundo dedicado a uma única data,  o "Museu do dia D". Nele é contada a história de todos eventos antes  e depois do dia 6 de junho de 1944, quando as tropas aliadas desembarcaram na  Normandia. Vídeos, filmes, fotos, carros de combate e mil objetos e  curiosidades diversas de época proporcionam uma viagem de volta no tempo e  reconstituem com precisão como era a vida na Inglaterra durante a guerra, e  relatam todos os eventos relacionados àquele dia em que o futuro do mundo  esteve em jogo.  |  |  Você sabia que durante o Dia D, partiram de Portsmouth  tropas não somente dos Estados Unidos e Inglaterra, mas também da Austrália,  Bélgica, França, Tcheco-Eslováquia, Grécia, Holanda, Nova Zelândia, Noruega e  Polônia? 156 mil soldados partiram rumo à Normandia durante as primeiras 24  horas daquele dia, para desembarcarem em praias designadas por nomes em código:  Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword. Os nazistas sabiam que os aliados iam chegar,  mas não conheciam a data prevista da invasão e nem o lugar onde ocorreriam os  desembarques, por isso os nomes em código eram uma forma de manter o segredo e  o sucesso da operação.  Durante o Dia D participaram das operações 11.590  aviões e 6. 939 navios. Depois da guerra, a França homenageou todos os  combatentes que participaram daquela operação, fazendo com que aquelas quatro  praias permanecessem em definitivo com os nomes em código que haviam sido dados  pelos aliados no Dia D: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword. 
  
    |  | O maior símbolo arquitetônico de Porstmouth foi inaugurado  em 2005, e tem 170 metros de altura. Trata-se da Spinnaker Tower, construção  integrante do projeto de revitalização das docas da cidade. O estilo do  monumento, na forma de uma vela gigantesca, foi idealizado como homenagem à  marinha inglesa, que dominou os mares durante o século 19. Desde então a  Spinnaker Tower transformou-se na principal atração turística da cidade. A  torre dispõe de três plataformas, sendo a primeiro com o maior piso de vidro da  Europa e a último um mirante de observação. Mas embora esteja situada frente ao mar e com história  intimamente ligado aos oceanos, não dá para dizer que ir à praia em Portsmouth  seja um programa recomendável. Primeiro lugar porque as praias por aqui não tem  areia, e sim seixos, segundo porque existem muitas pedras logo após a  arrebentação que ferem os pés dos banhistas e terceiro porque o clima na costa  do Canal da Mancha é muito instável durante grande parte do ano.  |    
  
    | Ao lado, uma imagem típica de Promenade, com é conhecida  esta avenida de Southsea, de frente para o mar. Repleta de simpáticos prédios  residenciais e áreas verdes bem tratadas. Uma caminhada por esta avenida conduz  ao Pyramids Centre, mistura de parque aquático e restaurante durante o dia e  clube durante a noite, sendo que suas duas facetas costumam fazer muito  sucesso durante os meses do curto verão inglês. No porto existem também ônibus  turísticos que fazem um tours por suas principais atrações, entre as quais  estão Osbourne House e Yarmouth Castle. |  |    
  
    |  | Mas sem dúvida, as mais importantes atrações turísticas de  Portsmouth estão relacionadas ao seu passado como centro naval. Desde Henrique  VIII, passando pelo Almirante Nelson, até o dia D, esta é basicamente, uma  cidade com muitas histórias de conquistas navais. Assim, não pode faltar em seu  passeio uma visita ao Portsmouth Historic Dockyard. Lá estão atrações diversas,  como o Royal Navy Museum, e os navios históricos Mary Rose, Warrior e Victory  (foto ao lado), nau capitânea do Almirante Nelson durante a batalha de  Trafalgar, em 1805, e até hoje conservado como se o tempo para ele tivesse  parado. É o único navio da armada inglesa a receber a honraria de nunca ter sido oficialmente "aposentado" de suas atribuições como embarcação de combate, ou seja, ele oficialmente continua em serviço, embora nunca mais tenha levantado âncora. |    
  
    | Esta é uma foto do timão do Warrior (ou na verdade dos timões, já que são quatro). Lançado ao mar em 1860,  ele foi o primeiro navio de combate construído com casco de ferro e movido a  vapor. Até então, eram todos de madeira e movidos a velas. O navio tem quatro  tombadilhos, e a visitação é feita por conta própria. Já o navio Mary Rose  é o mais antigo da exposição, e data de 1510. Ele afundou em 1545 e foi  recuperado apenas em 1982. A imagem ao lado é do timão do Warrior, e este navio  pode ser percorrido por conta própria. |  |    
  
    |  | Mas a jóia da exposição do Portsmouth Historic Dockyard é o  navio Victory, que dispõe de tours oferecidos em várias línguas. Para a  Inglaterra, o Victory representa quase um santuário, pois foi graças às  vitórias conquistadas pela armada inglesa, com destaque para o almirante Nelson  a bordo deste navio, que a Inglaterra se tornaria a principal potência  econômica e militar do mundo no século 19. Hoje Porstmouth e sua irmâ gêmea Southsea curtem as glórias dos séculos passados e ao mesmo tempo investem cada  vez mais em investimentos direcionados ao turismo. Pelo que vimos elas parecem estar  sendo bem sucedidas, pois cada vez mais turistas incluem estas duas localidades  em seus roteiros pelo sul da Inglaterra. Leia um pouco mais sobre o maior herói Inglês:
	Lord Nelson |    
  
      Almirante Nelson
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