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Viena costuma surpreender aos turistas desavisados, pois muitos não fazem idéia da beleza que vão encontrar nesta cidade. Avenidas largas e arborizadas, imponentes prédios históricos, palácios, museus e calçadas repletas de elegantes cafés e restaurantes freqüentados por gente bem vestida. Mas a surpresa que estes turistas desviados sentem ao conhecer Viena some quando lembramos que ela foi, como capital da dinastia Habsburg, a cidade mais influente da Europa. Seu domínio se estendeu por metade do continente, e ainda hoje Viena exibe orgulhosa todos os símbolos daquela época elegante.

   

Assim foi com a gente quando chegamos lá. Quase nada sabíamos sobre Viena, além do que aprendemos nos livros de história, e a surpresa foi total. Ela é a décima maior capital européia e ao mesmo tempo a terceira em nível de padrão de vida, o que só vem comprovar que é possível crescer sem comprometer a qualidade de vida. Sugerimos começar seu roteiro pelo coração da cidade, na região compreendida pelo anel conhecido como Ring. Aqui estão os grandes palácios, área de pedestres, parques e praticamente todas as pérolas que Viena tem para exibir.

Após a visita aos museus prossiga até chegar no prédio da Rathaus, prefeitura de Viena. Em estilo neogótico, ela foi construída em 1872, e sua torre central tem mais de cem metros de altura. Freqüentemente no parque em frente ao prédio da prefeitura há uma feirinha de produtos e pratos típicos.

 

Dentro do Ring, o mais importante palácio é conhecido como Hofburg, na imagem ao lado. Antiga residência dos Habsburg, este palácio é um complexo de residências imperiais, museu, biblioteca, escola de equitação, capela, igreja e sede do poder Austríaco. Os trechos mais impressionantes são os aposentos reais e o tesouro, onde estão expostas, em 21 salas, coroas, cetros, serviços de refeições em ouro e prata, peças de fina porcelana e uma diversidade de jóias belíssimas. A Escola de Equitação foi fundada em 1572, e nela os Habsburg formaram o Spanische Reitschule, que logo se tornou um padrão mundial no adestramento de cavalos. No local há apresentações freqüentes, mas os ingressos devem ser comprados com antecedência.

 

Seguindo pela avenida Ring, chega-se ao Kunsthistorisches Museum. O acervo deste museu é formado por milhares de obras de arte acumuladas durante os séculos de dinastia Habsburg. Em frente a ele está o Naturhistorisches Museum, que aparece nesta foto, museu de história natural com exposições de arqueologia, antropologia e geologia, entre outras ciências.

Depois siga sua caminhada até a Mariahilfe Strasse, principal rua de comércio de Viena, onde estão diversas lojas de departamento que valem uma visita. Quando sentir fome vá até o restaurante Rosenberger (centro, rua Meydergasse 2), que tem excelentes bufês de saladas, carnes, sopas, peixes e ótimas sobremesas, sem ser caro, e por isso costuma fazer muito sucesso entre turistas. Bem em frente, na esquina da Ring com Kartner Strasse, foi inaugurado o mais moderno shopping de Viena. No subsolo há um conveniente super mercado

 

A passarela mais importante do centro é a rua Graben, e por aqui estão, além de elegantes bares, cafés e restaurantes com mesas nas calçadas, as principais lojas da cidade. Além da Graben, também vale percorrer as vizinhas Kärntner e Kolmarkt, conhecendo com calma as inúmeras atrações desta área. Tire um tempinho para experimentar o famoso Café Vienense, uma das tradições locais, e não deixe de deliciar-se com a imensa variedade de doces que tornaram os confeiteiros de Viena famosos. Entre os mais pedidos destacam-se o Apfelstrudel (torta de maçã), Palatschinken (panqueca de frutas, queijo ou chocolate) ou um Mohr um Hemd (pudim de chocolate com creme chantilly). Ao lado, uma imagem da Graben, com as tendas dos tradicionais cafés no calçadão.

Outra opção é experimentar ir ao restaurante Wiener Rathauskeller, um dos mais típicos da cidade, com música ao vivo à noite (junto ao prédio da prefeitura). Se preferir entre numa das diversas Konditoreien (confeitarias) para experimentar os famosos doces, bolos e tortas Vienenses. Entre as mais famosas estão a Demel Konditoreien (rua Kohlmart) e o Café Frauenhuber, o mais antigo da cidade (ao lado da catedral Stephansdom), mas há centenas de outros excelentes.

Vídeo: Bandinhas Tipicas

Schönbrunn, na foto ao lado, é o principal palácio de Viena. Ele é para Viena o que Versalhes é para Paris. Concluído em 1713, foi a residência de verão dos imperadores da Áustria, e a visita ao seu interior revela o ambiente de luxo, esplendor e riqueza da dinastia Habsburg. Aqui viveu a imperatriz Elizabeth, conhecida como Sissi, amada pelo povo, mas desprezada pela corte Austríaca, devido à sua origem, drama que virou até filme de Hollywood. Os 1440 quartos de Schönbrunn são agora usados em parte como um museu, e a visita guiada por estas peças é como um passeio pela história gloriosa das cortes européias daquela época.

 

A Stephansdom, catedral dedicada a Santo Estevão, pode ser considerada como o coração de Viena, bem na junção das principais áreas de pedestres, onde estão os melhores cafés, restaurantes e principais lojas da cidade. Sua construção data do século 13, quando em plena idade média, Viena era apenas uma pequena praça, chamada Am Hof. A torre de 137 metros de altura é o ponto mais alto da cidade. Seu telhado é formado por 250 mil azulejos vitrificados e seu interior possui uma valiosa coleção de esculturas artísticas.

Não deixe de visitar a cripta, no subsolo da catedral, um conjunto de labirintos onde estão os restos mortais de membros da dinastia Habsburg e uma arrepiante montanha de ossos das vítimas da peste negra que assolou Viena. Saindo da Stephansdom, siga na direção do rio Danúbio, para caminhar um pouco e conhecer algumas construções e vielas da cidade antiga. Passe pelo Museu da Catedral, a charmosa rua Schonlaterngasse, a Academia de Ciências, e veja as pequenas e tranqüilas lojinhas e recantos que ainda parecem permanecer no século 18.

 

Ao lado, foto tirada junto às esfinges dos jardins do Belvedere. Elas representavam força e inteligência, e por isso foram escolhidas para ornamentar este palácio, construído a partir de 1720, e que servia como residência de verão do príncipe Eugênio de Savoia. Vinte anos foram necessários à sua conclusão. O palácio foi construído sobre uma suave colina, é composto por dois prédios separados por jardins e estátuas. O Belvedere superior abriga uma galeria de pinturas dos séculos 19 e 20, e o inferior uma interessante galeria de pinturas religiosas medievais.

Saindo do Belvedere siga em direção oeste, até chegar ao mercado Nashmarkt. É um dos trechos mais interessantes da cidade, com dezenas de bancas vendendo produtos típicos, bebidas, condimentos, queijos, vinhos, carnes e uma variedade imensa de delícias. Entre as bancas há pequenos e simpáticos restaurantes e bares, fazendo do lugar um dos points preferidos dos Vienenses para relaxar e botar a conversa em dia. Aproveite para experimentar uma Krügel (caneca de meio litro de chope). Quem gosta de cervejas fortes deve pedir uma Eggnberger Urbock.

 

Ninguém pode dizer que esteve de verdade em Viena se não deu uma volta nos vagões vermelhos da Riesenrad. Assim como a Torre Eiffel é o símbolo mais conhecido de Paris, a roda gigante do parque Prater é o símbolo mais conhecido de Viena. Ela foi construída em 1897 para a feira mundial que aconteceu naquele ano, e foi definitivamente incorporada ao espírito da cidade. Com altura equivalente a um prédio de 21 andares a roda é o ponto central deste imenso parque de diversões situado às margens do rio Danúbio e não há ponto melhor para ver Viena de cima. Procure ir lá ao cair da noite. Ao lado, uma vista de Viena a partir das gôndolas da Riesenrad.

Na base da roda gigante existe uma exposição de dioramas, mostrando a evolução do Prater e da Riesenrad em diversas épocas de Viena. Além da Riesenrad, o Prater tem diversos outros brinquedos, a maior parte no estilo vertiginoso Para visitar o parque pegue a linha U1 do metrô e desça na estação Praterstern. Veja o site oficial desta famosa atração de Viena clicando em Riesenrad.

Imagem da fachada da Karlskirche, igreja construída a partir de 1713 por ordem do imperador Carlos VI, que jurou mandar erguer uma igreja assim que a peste que assolava Viena tivesse um fim. A construção é um dos marcos da cidade, e mescla elementos romanos, gregos e minaretes orientais. Seu interior é ricamente ornamentado, com destaque para o altar e afrescos. Um elevador leva os visitantes até o alto de sua cúpula, de onde se tem uma bela vista da cidade.

 

Ao norte do rio Danúbio encontra-se o moderno complexo de prédios das diversas organizações internacionais que atuam em Viena, dentre elas as Nações Unidas, OPEC, IAEA, OSCE e outras siglas estranhas. Da primeira vez que viemos a Viena ficamos hospedados no Danaucentrum, conjunto empresarial bem perto daqui e todos os dias passávamos por este conjunto de prédios. A cidade é servida por uma excelente malha de metrô e bondes e quem pretende visitar Viena vindo de outras cidades européias deve optar pelo trem, rápidos e baratos. Viajantes aéreos desembarcam no aeroporto Schwechat, a 19 km do centro, e podem pegar os ônibus especiais com saída a cada 20 minutos para o centro, ou trens que seguem até as estações Sudbahnhof e Westbahnhof, ambas próximas do centro.

 

No centro de Viena existem passeios de charretes e o roteiro básico percorre pontos tradicionais e históricos da cidade, e esta é uma boa maneira de ver vários lugares, ao estilo da Viena do século 19. Se preferir caminhar passe no Museu de Bonecas e Brinquedos (rua Schulhof 2), com brinquedos de diversos países, alguns com 200 anos. E não deixe de estar no largo Hoher Markt ao meio dia para ver o Anker, mais famoso relógio de Viena. Ele fica situado numa passarela ligando dois prédios deste largo, e às 12 horas exibe uma procissão de 12 grandes figuras em madeira representando nobres e religiosos da história do país. Ao lado, imagem de vitrine de uma loja do centro da cidade, mostrando alguns docinhos típicos Vienenses.

 

O rio Danúbio (Donau, em alemão) banha diversas cidades da Europa, mas de alguma forma ele parece pertencer mais à Viena do que a qualquer outro local. Além do braço principal, que aparece na imagem ao lado, existem diversos trechos canalizados que envolvem a cidade. Mas quem tornou este rio para sempre associado à capital da Áustria foi o compositor Johann Strauss Filho. Foi em 1867 que ele apresentou o que viria a se tornar sua mais famosa obra musical, a valsa Danúbio Azul. Ironicamente a valsa no início foi considerada uma dança revolucionária e até mesmo indecorosa, porque permitia aos casais se tocarem ao dançar.

 

As luzes do centro da cidade à noite, com destaque para o imponente prédio da ópera parecem um colar de pérolas enfeitando a noite da cidade da música. Pura beleza e charme. Mas a principal descoberta que fizemos em Viena, e percebemos isto quase ao ir embora, é que ela é um dos poucos lugares mágicos já conhecemos. O que é um lugar mágico? Bem, isto é meio difícil de explicar, mas pode ser descrito como a habilidade de certos lugares em transmitir sensações além daquelas que dizem respeito aos sentidos conhecidos. Cidades mágicas não são somente para serem vistas, ouvidas ou tocadas. Elas transmitem um algo mais, nos envolvem, nos penetram e acompanham, mesmo depois da gente ter ido embora. São lugares que parecem ter uma melodia própria, e que permanece em nossas cabeças ainda por muito tempo depois de partirmos.

 

 


Brasão da Áustria