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O Segredo mais bem guardado do país. É assim que seus moradores se referem à cidade de Portland. Talvez porque poucas pessoas saibam como ela é agradável, como está bem situada para explorar o noroeste americano, e como dispõe de uma infra-estrutura excelente para turismo, em particular esportes de inverno. E no que depender de seus moradores, este segredo continuará a ser mantido, para evitar o excesso de gente que acaba comprometendo o padrão de vida das grandes cidades. A impressão que Portland nos deu, em resumo, é a de um lugar nem grande nem pequeno demais, mas de uma cidade simplesmente no ponto certo.

   

Chegamos em Portland da pior maneira possível: Era noite, pegamos a saída errada da auto estrada I5, quando vimos a saída certa não tínhamos mais como chegar lá, o mapa caiu no banco de trás, fizemos o retorno numa rua que não sabíamos onde ia dar, dobramos pra lá, dobramos pra cá, atravessamos uma ponte metálica que não devíamos atravessar, somente para concluir que estávamos completamente perdidos. Nada como férias para afastar o estresse... A imagem ao lado foi feita no dia seguinte, quando, com mais calma, e depois de uma bem dormida noite no Days Inn, percorremos a 4th Avenue.

 

Esta parte do país está sujeita a ventos frios e chuvas com bastante freqüência, no entanto, até o tempo colaborou para tornar nossa visita a Portland mais agradável, e enquanto estivemos lá o céu permaneceu azul de ponta a ponta. Jamison Square (ao lado) pode ser considerada o coração da cidade.

Neste espaçoso largo, emoldurado por uma escadaria de pedras vermelhas, entre árvores e modernos prédios comerciais estão sempre reunidos artistas, estudantes, manifestantes ou trabalhadores à procura de um café ou hot dog. Próximo a Jamison Square situa-se um amplo centro comercial, onde estão mais de cem lojas e diversos restaurantes. 

 

O centro de Portland pode ser tranqüilamente percorrido a pé. Comece visitando a região de China Town, ao norte. Lá estão vários bares e lojinhas oferecendo artigos típicos orientais. Depois passe em Pearl District, antiga região industrial agora transformada em atraente zona comercial e cultural, com galerias, bares, restaurantes acolhedores, espaços culturais e um certo clima pop pelas calçadas que lembra talvez San Francisco dos anos 70.

 

A ponte de treliças metálicas, nomeada simplesmente Steel Bridge, cruza o rio Willamette, e liga o centro da cidade aos bairros residenciais. O coração de Portland está do lado oeste deste rio, mas a maior parte da cidade, tanto residências, como áreas comerciais mais importantes, situa-se no lado leste, como por exemplo o grande shopping Clackamas Town Center, situado na Se 82nd Ave, e o Westfield Shopping, localizado no município vizinho de Vancouver, estado de Washington. A própria avenida 82, que corta bairros inteiros no sentido norte a sul, é repleta de hotéis, restaurantes e filiais das melhores lojas de departamento do país.

 

Uma das marcas registradas de Portland é seu teatro, inaugurado em 1928 na avenida Broadway.  Na ocasião era o maior centro de eventos do estado de Oregon, acomodando mais de três mil pessoas sentadas. Mesmo assim, foi vendido em 1930, e teve o letreiro removido e substituído por outro, onde se lia Paramount, nome do estúdio que o havia compradol.  Era a época dourada dos grandes estúdios e cinemas imensos. Mas o Paramount não resistiu à ação do tempo e acabou sendo também fechado. Passou anos abandonado e escapou da demolição somente em 1980, graças à ação de moradores os quais conseguiram que o prédio fosse comprado pela prefeitura e submetido a um amplo programa de reformas, sendo que após as mesmas o letreiro Portland foi novamente colocado em seu local original, na fachada. Atualmente é um dos mais importantes centros de arte da cidade, lar da orquestra sinfônica de Oregon, e foi batizado como Arlene Schnitzer Concert Hall,

 

Ao lado, foto de uma rua central da cidade, onde modernos bondes elétricos e ciclistas dividem o espaço com civilidade. Floreiras bem tratadas ornamentam as principais avenidas do centro, e nos dão um exemplo de como cidades modernas podem ter transportes eficientes e não agressivos. Por falar nisso, quem gosta de atrações tipo zen vai se deliciar com o Japanese Garden, uma das principais atrações de Portland. Ele é considerado o mais autêntico jardim japonês fora do Japão, e conta com cinco estilos de jardins diferentes e um pavilhão de chá autenticamente oriental. É programa para ninguém perder.

 

Uma das áreas nobres da cidade atende pelo nome de Waterfront Walk, e consiste num passeio publico situado entre o rio Willamette e o centro da cidade. Esta simpática promenade serpenteia entre jardins floridos, gramados bem tratados e por ali encontramos grupos de crianças guiadas por suas professoras, esportistas fazendo jogging e casais de namorados passeando de mãos dadas.

É realmente o recanto mais bonito da cidade e de onde se podem fazer belas fotos do rio e da cidade, ao fundo. A cabine onde se lê Portland Spirit vende ingressos para passeios fluviais que zarpam do Waterfront Walk e seguem um roteiro ao longo do rio Willamette.

 

A clássica Hawthorne Bridge, mostradea ao fundo desta imagem, é um dos ícones mais conhecidos de Portland. Ela é somente uma das oito pontes que conectam os lados leste e oeste da cidade, mas sem dúvida é a mais charmosa. Construída em 1910, para o tráfego de carroças e bondes, ela continua a servir a cidade com orgulho. Seu engenhoso sistema hidráulico permite que as duas plataformas centrais sejam erguidas para permitir a passagem de grandes embarcações, o que ocorre, em média, duzentas vezes por ano.

 

Uma caminhada pelas ruas centrais de Portland não é estressante nem barulhenta. A cidade intercala de forma agradável parques com avenidas, fontes com jardins. O monumento ao lado não conseguimos descobrir o que significava, além do que a placa já indicava, que foi doado à cidade por David P. Thompson. Observe que o monumento não está grafitado com tinta, nem a estátua está faltando um pedaço. Não seria bom se os nossos monumentos por aqui também fossem bem tratados assim?

Não deixe de visitar o Oregon Museum of Science and Industry, onde além de poder apreciar diversas exposições paleontológicas interessantes, a gente tem a oportunidade de experimentar a sensação de estar presente num terremoto de intensidade 5.5 na escala Richter. E, se sua visita à cidade for num sábado, vale conhecer o Saturday Market, mercado a céu aberto onde se podem encontrar curiosidades, artesanato, pratos típicos e música ao vivo.

 

Mas o maior símbolo de Portland é sem dúvida Mount Hood, o vulcão adormecido que parece estar sempre vigiando a cidade à distância. Mont Hood é o ponto mais elevado do estado de Oregon, e além de fornecer ótimas fotos, ele também oferece uma das mais bem equipadas estações de esqui do noroeste do país. Situado a apenas 75 km da cidade, este é um programa imperdível para quem passar o inverno em Portland.

 

Passamos somente dois dias em Portland, e depois desta visita nunca mais voltamos lá. Não devido a não termos gostados, mas porque esta é uma região muito remota do país,  e nunca mais entrou em um roteiro nosso. Mesmo assim, podemos garantir que gostamos da cidade e, para quem pretende fazer um passeio a partir da California até a fronteira norte do país, na direção do estado de Washington e talvez prosseguindo até o Canada, vale a pena passar um dia ou dois aqui. Portland, conhecida como Cidade das Rosas e Cidade dos Livros, nos deixou boas lembranças.

 

 


Brasão de Portland