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Cidade vista da CN Tower.

Por duas vezes visitamos Toronto, no Canada. A razão? Ela estava em nosso caminho. Então não vale a pena visitar Toronto? É claro que vale, a cidade tem vida cultural intensa, diversas atrações e programas para quase todos os gostos. A questão é que ela é grande, congestionada, vertical, com predominância de aço e concreto. Com este perfil, Toronto não pode ser considerada exatamente um destino de férias, na verdade ela é mais o lugar de onde as pessoas partem para passar as férias em outro lugar. Mas claro, isto se aplica aos canadenses. Para turistas vindos de outros países, visitar a costa leste do Canada sem conhecer Toronto seria imperdoável. Passar alguns dias aqui será sempre excitante, impressionante, empolgante. Mas é bom já ir sabendo que lá dificilmente será encontrado algo como um recanto encantador ou uma arquitetura graciosa. Toronto é moderna, marcada por prédios imponentes, centros empresariais e gente apressada fechando negócios

 

Já sabíamos destas características da cidade ao chegar lá. O que não sabíamos é que o trânsito tinha piorado tanto desde nossa última visita, há mais de dez anos. Chegamos a Toronto vindos de Montreal, um percurso de 560 km que fizemos em pouco mais de 5 horas, pela impecável 401W. No entanto, para percorrer os últimos quilômetros, da entrada da cidade até nosso hotel, situado em Mississauga (oeste de Toronto), levamos mais de uma hora. Eram seis da tarde e a auto-estrada estava completamente congestionada, com trânsito exasperantemente lento. Quando finalmente chegamos, o recepcionista do Comfort Inn Airport West nos disse, sorrindo, que é sempre assim a esta hora. E de manhã é a mesma coisa, mas em sentido contrário.

Decidimos então que já tínhamos pego engarrafamentos demais por aquele dia, e deixamos para ir ao centro no dia seguinte, dedicando aquele final de tarde e início de noite para percorrer Mississauga, convencidos que aquele lugar de nome estranho não teria muito para mostrar. Pois a cinco minutos de nosso hotel encontramos o maior supermercado que já tínhamos visto em nossas vidas (e já vimos muitos enormes, acredite). O Highland Farms (50 Matheson Blvd) era tão imenso que quase nos perdemos lá dentro. Impossível não ficar admirado com a fartura, variedade e limpeza. Feitas algumas comprinhas básicas pegamos o carro de novo e seguimos em frente mais cinco minutos, chegando ao Toronto Square One Shopping Center, com dezenas de lojas, entre as quais algumas das melhores do Canada. Voltamos para o hotel bem tarde naquele dia, felizes da vida, e já amigos de infância de Mississauga.


Financial District

Por outro lado, quem chega a Toronto via aérea e numa rota de longa distância provavelmente vai desembarcar no Toronto Pearson International Airport, situado 22 quilômetros a noroeste do centro, também no município vizinho de Mississauga. O aeroporto fica junto às auto-estradas 401 e 427, e permite acesso fácil à qualquer região da grande Toronto.O aeroporto Pearson é o mais movimentado do Canadá, um dos mais movimentados do mundo, principal hub da companhia aérea Air Canada, bem como de empresas menores, como Air Canada Express, Air Transat, CanJet, Sunwing Airlines e WestJet.


CN Tower

No dia seguinte, já relaxados, tomamos um café com calma, deixamos passar a hora do rush, e pegamos o carro com destino ao centro de Toronto. Por onde começar a visita? Ora, pelo símbolo maior da cidade, presente em praticamente todas as fotografias turísticas: A CN Tower. A construção da torre de telecomunicações da Canadian National, conhecida como CN Tower começou em 1973, e mesmo antes dos trabalhos estarem concluídos, ela já havia se transformado no principal ícone arquitetônico de Toronto. Situada no centro da cidade, às margens do lago Ontário, tem 553 metros de altura e duas plataformas de observação de 360 graus, abertas ao público, a inferior situada a 350 m e a superior a 336 m. Tem também um restaurante giratório, que completa uma rotação a cada 72 minutos. O acesso até a plataforma de observação é feito em elevadores panorâmicos, e durante a subida de menos de um minuto, os recepcionistas-ascensoristas fornecem informações básicas sobre a torre e as atividades abertas ao público. Uma das mais emocionantes é o passeio ao ar livre na plataforma superior, feito somente em grupos presos por cabos de segurança e acompanhados por um guia. A CN Tower fornece uma vista espetacular de Toronto em todas direções.

Vídeo: Visitando a CN Tower

Toronto é a maior cidade do Canadá e capital da província de Ontário, situada às margens do lago de mesmo nome. É uma cidade relativamente nova, sua história começou no século 18, quando a Coroa Britânica decidiu comprar estas terras, até então pertencentes aos Mississauga, indígenas originalmente habitantes da região. Foi fundada com o nome de York e somente em 1834 recebeu o nome de Toronto. O nome Toronto tem origem no idioma falado pelos índios Mohawk, os quais usavam a palavra  “Tkaronto” significando o lugar onde “árvores nascem na água”, e que se referia aos galhos e arbustos por eles colocados nos cursos de água, para servir como armadilhas para peixes. De acordo com o último censo, Toronto tem população de 2,6 milhões de habitantes, o que faz dela a quinta mais populosa cidade da América do Norte. É a capital comercial do Canadá, importante hub aéreo, e sede de diversas empresas e bancos.


Centro visto da CN Tower

Quem estiver de carro deve escolher com atenção onde estacionar no centro. As vagas são caras, principalmente no Financial District, região onde estão os grandes prédios comerciais, e onde situa-se também a CN Tower. Depois de dar muitas voltas procurando vagas resolvemos entrar na garagem do SimCoe Place, situado quase em frente à torre. A localização era ótima, mas as vagas para visitantes localizavam-se num andar situado oito níveis abaixo do nível da rua, o que nos obrigou a descer uma espiral que parecia seguir até o centro da terra.


Toronto em Novembro

A figura encapuzada da foto ao lado é Regina em nossa primeira visita à Toronto. Três meias, duas luvas, dois casacos, calça grossa, casacão, cachecol e touca de lã cobrindo todo o rosto. Mesmo assim sentíamos frio. Detalhe: Era novembro e o inverno ainda não tinha nem começado. As temperaturas médias na cidade variam entre 14 e 27 graus durante o verão (julho) e 3 a 11 graus abaixo de zero no inverno (janeiro). Estas, no entanto, são apenas temperaturas médias, e quem estiver indo para lá no inverno deve estar preparado, já que não são incomuns temperaturas aquém destes limites, principalmente no inverno. O dia mais frio registrado em Toronto aconteceu em janeiro de 1981, quando os termômetros marcaram 24 graus abaixo de zero. 

Com um clima destes é natural que Toronto, a exemplo de Montreal, tenha também sua cidade subterrânea. A Underground City é um complexo de passagens, vias subterrâneas e suspensas totalizando 27 quilômetros de extensão, situado sob o distrito financeiro, onde estão os maiores prédios e complexos comerciais. Caminhando ao longo destas passagens é possível ter acesso a centenas de lojas, diversos hotéis, torres empresarias e cinco estações do metrô. Tudo sem precisar colocar os pés na rua e sob uma agradável e constante temperatura, independente do tempo que estiver fazendo lá fora. Não é de estranhar, portanto, que em dias muito frios, não se veja praticamente ninguém pelas calçadas, como é mostrado na foto ao lado.

Vídeo: Percorrendo King Street


A parte mais movimentada do centro de Toronto situa-se na região de King Street, Queen Street, Spadina Avenue e Yonge Street. Esta é uma região que vale a pena ser percorrida a pé, pois concentra boas opções comercias, diversos hotéis e restaurantes, sendo que muitos deles podem não ser percebidos por quem caminha pela calçadas. Ocorre que devido ao clima rigoroso, grande parte do comércio de Toronto na região central está integrada a centros comerciais e shoppings, portanto as vezes uma simples porta de vidro de um prédio qualquer pode dar acesso a um movimentado complexo comercial. Foi assim que por acaso descobrimos o Scotia Plaza (40 king St W), que entre outras coisas tinha um restaurante da rede Tim Hortons, da qual já éramos fãs, pois tem sempre bebidas quentes e saborosas, ideais para aquecer num dia frio.

 


Younge Street em Maio

Próximo ao centro, vale visitar também a região conhecida como The Distillery District, que surgiu, como diz o nome, graças à destilaria Gooderham and Worts, empresa que teve um papel fundamental no desenvolvimento da cidade e também desta parte do país. A Gooderham and Worts não está mais lá, mas em compensação deixou no local um rico legado arquitetônico e histórico, que hoje é ocupado por ruas de pedestres e pequenos estabelecimentos envolvendo atividades artísticas, culturais, simpáticos cafés, acolhedores bistrôs e animados pubs. Ideal para um fim de tarde ou happy hour. The Distillery District está situada a cerca de três quilômetro da CN Tower, direção leste, quase junto ao lago Ontario.


Casa Loma


Numa cidade onde imensos prédios de aço e alumínio são uma visão cotidiana, Casa Loma é um lugar que se destaca e virou atração turística. Sua construção começou em 1911, graças a Sir Henry Pellatt, figura proeminente da época, que teve a idéia de comprar um  lote próximo ao centro para construir uma mansão em estilo gótico. Três anos depois a obra estava concluída e era praticamente um castelo, com 98 quartos e diversas outras instalações, além de passagens secretas, elevadores e estábulos. No entanto, após a primeira guerra mundial e a depressão que a seguiu, Sir Henry ficou em sérias dificuldades financeiras e foi obrigado a se desfazer do imóvel.

As décadas seguintes levaram Casa Loma a um estado de abandono total e o imóvel quase foi demolido, sendo salvo por um movimento popular que convenceu a prefeitura iniciar um meticuloso trabalho de restauração. Atualmente Casa Loma é um museu, a segunda atração mais visitada de Toronto depois da CN Tower, e está aberta à visitação. Curiosamente, o nome Casa Loma (casa da colina), tem origem na pequena propriedade existente no terreno comprado por Sir Henry, a qual havia sido construída por um espanhol. Dizem que o nome hispânico agradou sir Henry, o qual decidiu mantê-lo para nomear o futuro castelo de seus sonhos.

A comunidade de origem oriental em Toronto é enorme, e ocupa principalmente um trecho da cidade que ficou conhecido como Chinatown, situado entre as ruas Queen Street West, College Street, Bay Street e Spadina Avenue. Caminhando ou dirigindo por aqui tem-se a nítida impressão de estar percorrendo algum bairro da China ou Coréia. São dezenas, talvez centenas de restaurantes, papelarias, lojas de música, doces, mercadinhos, todos eles com letreiros grafados nos idiomas de origem. Comerciantes, freqüentadores e fregueses são também orientais, em sua maioria. Entre eles, muitos turistas, que aproveitam a ida a Toronto para curtir um gostinho de Oriente.
Chinatown

Vídeo: Percorrendo Chinatown


Spadina Street, Chinatown

Na imagem ao lado, algumas lojas da Spadina Avenue, principal avenida do bairro oriental. Chinatown fica a pouca distância do centro de Toronto, e dá para ir lá até mesmo a pé, mas se estiver de carro não será difícil encontrar vaga em alguns dos diversos estacionamentos locais, também administrados por orientais. Ou então pegue o bonde (linha Dundas) na estação St Patrick, que lhe deixa na avenida Spadina.

Circule por lá à vontade e experimente alguns pratos vietnamitas ou entre no mercado chinês, passe na padaria coreana, e compre CDs, DVDs , livros, revistas em quadrinhos, roupas, bijuterias e acessórios de Hong Kong, Vietnam, China ou Coréia, mas sobretudo não deixe de passar na Mashion Bakery (Spadina Avenue 345, em frente ao Dragon City Shopping Center) uma padaria e doceria que tinha quitutes tão deliciosos (pãezinhos recheados, folheados, doces diversos) e tão baratos que até pensamos que eles tinham se enganado nos preços. Ah sim, outra característica desta parte da cidade é que aqui tudo, mas tudo mesmo, é muito mais barato que nos outros bairros .

Ao lado, foto de algumas delícias expostas na vitrine de um restaurante de Chinatown. Na vitrine, entre outras iguarias, está exposto o tradicional pato laqueado (muito pedido, geralmente preparado com molhos orientais, gengibre e mel).

Experimente uma refeição na Kim Moon Bakery (Dundas Street 438, servindo ótimos pãezinhos e massas). Ou então, a uma curta caminhada encontra-se o Bright Pearl Seafood Restaurant (serve típicos Dim Sum - refeição tipicamente chinesa, composta por vários pratos, servidos em porções individuais em diminutas louças decoradas com motivos orientais). Outra alternativa é o Nguyên Hu'ong (especializado em sanduíches e embutidos ou ainda o King's Café (com destaque para seus produtos naturais e vegetarianos).

Chinatown tem até mesmo seu próprio shopping, o Dragon City, todo ocupado por lojas e restaurantes orientais.


Vitrine de restaurante

Algumas sugestões de pratos típicos sempre lembrados: Sweet and Sour Pork (porco agridoce) ou Sweet and Sour Chicken (frango). Uma pedida freqüente, de cor alaranjada, geralmente preparado com vegetais, pimenta, açúcar, shoio e outros ingredientes, em chinês 糖醋里脊, pronúncia 'tungtsuliji'). Gong Bao Chicken   (frango preparado com pimenta chilli, amendoins, vegetais e molho agridoce, em chinês 宫保鸡丁, pronúncia 'gongbau'). Ma Po Tofu  (queijo tofu preparado com carne, cebola e molhos fortes, uma delícia, em chinês: 麻婆豆腐, pronúncia: 'mapordofu'). Wontons (lembra um pastel, geralmente recheado com carne de porco ou camarão, em chinês: 馄饨 , pronúncia 'huntun').

Se em Chinatown é tudo baratinho, o contrário acontece em Bloor e Yorkville. Tire algumas horas para percorrer esta região, considerada uma das mais nobres da cidade. Ainda que você não se anime muito com os preços e prefira guardar seus dólares canadenses para outro lugar, vai curtir a elegância e exclusividade das várias mansões vitorianas e também as elegantes lojas de grife, especializadas em moda, relojoaria, cristais, design, além de galerias de arte e renomados (e caros) restaurantes, a maioria situados em Yorkville e Hazelton Lanes. No coração do bairro você encontrará também o Hazelton Lanes Shopping Center, que vale uma conferida. Esta região está situada a cerca de 5 km ao norte da CN Tower, seguindo pela Avenue Road.



Praia de Toronto

Sim, Toronto também tem dias de céu azul esplendoroso, sol e calor (bem, algo em torno de 25 graus) e foi um tempo assim que encontramos em nossa segunda visita à cidade. Além disso, Toronto também tem praias. E apesar de não poderem competir com outras mais famosas mundo afora, são muito freqüentadas durante os dias de verão, principalmente pelos Torontonians (aqueles que vivem em Toronto) que permanecem na cidade nos fins de semana de verão. Woodbine, Kew e Balmy são as mais famosas, todas lacustres, banhadas pelo lago Ontário. Este lago, um dos cinco grandes existentes na região entre Canadá e Estados Unidos, é ligado ao Oceano Atlântico através do rio Saint Lawrence. No idioma falado pelos índios Huron, Ontario significa “Lago das Águas brilhantes.

Outro lugar da cidade muito freqüentado nos meses quentes é Harborfront, que corresponde mais ou menos a um playground da cidade. Esta zona situada à beira do lago tem parques, marinas, trilhas, calçadões, bares, jardins, espaços para caminhadas, vias para ciclistas e algumas atrações turísticas que merecem ser visitadas por quem estiver percorrendo a região.

Não deixe de conhecer o Saint Lawrence Market, situado no coração da chamada Old Town, esquina de Jarvis st com Front st. Neste grande mercado estão dezenas de estabelecimentos onde o assunto é praticamente o mesmo: Comida. São restaurantes, bares, pubs, sanduicherias e produtos típicos diversos para levar para casa ou hotel. O lugar é animado durante todo o dia, sendo que à noite é muito procurado por quem trabalha no centro e quer dar uma relaxada antes de voltar para casa. Saint Lawrence Market  tem preços mais elevados que Chinatown, mas em compensação, mais variedade. Situa-se a aproximadamente 1,5 km a leste da CN Tower.

Sim, como você já deve ter percebido, a CN Tower é uma referência constante em Toronto, não somente porque todo mundo a conhece mas principalmente porque ela pode ser vista de praticamente qualquer lugar na cidade.


CN Tower vista da Spadina Street

Turistas vão perceber que em Toronto o transporte público e feito em grande parte por bondes. Eles estão em todos os lugares, dividindo as ruas com os automóveis. Fazer um percurso num deles é, além de útil, um divertido passeio turístico. O sistema de transporte em bondes de Toronto tem onze linhas, que juntas somam setenta e cinco quilômetros de extensão. Junto com o metrô, os bondes de Toronto são responsáveis pelo transporte de grande parte da população, todos os dias. Concentra-se principalmente na região central e próximo ao Lago Ontario. Com um bilhete único é possível viajar de bonde e metrô, e é possível fazer a transferência direta entre os dois sistemas nas estações Spadina, Union e Saint Clair.    


Residências de Forest Hill

Foi por acaso, circulando ao norte do centro, na região de Forest Hill, que descobrimos uma das regiões mais agradáveis da cidade, com belas residências e jardins gramados. Nada de cercas e grades, nada de condomínios fechados e seguranças. Afinal, estamos no Canadá, país onde os impostos revertem à população em diversos benefícios. A educação no país é obrigatória e de qualidade até os 16 anos, e em algumas regiões até os 18. Cursos superiores são diversos e de excelente nível. O atendimento de saúde é grátis para toda população, e de qualidade, dando ao Canada o  6º lugar global em expectativa de vida (82 anos). A segurança nas ruas é praticamente total, de dia e de noite, o que foi alcançado graças à atuação de uma polícia eficiente e bem equipada, e também ao bem estar social e econômico de sua população.

 

Ao norte do Financial District situa-se uma região alternativa que também vale a pena ser percorrida. Mirvish Village, situada nos arredores de Bloor Street West e Bathurst Street. É um bairro de construções simples, sem luxo, mas de aspecto acolhedor. Lojinhas, restaurantes, antiquários, consultórios de dentistas, livrarias, lojas de artigos para bebês, galerias de arte, centros culturais. Nada a ver com os modernos e imponentes prédios do centro, ou com as mansões de jardins floridos de Forest Hill. Esta é uma região boa para ser percorrida a pé.  


Residências de Dupont Street

E já que estamos em Mirvish Village, aproveite para conhecer uma das mais antigas tradições comerciais da cidade, a loja Honest Ed. Foi inaugurada em 1948, tem milhares de artigos em diversas categorias, antiguidades, curiosidades, quinquilharias, coisas úteis e inúteis, mas acima de tudo fascinantes e que fazem a gente se divertir percorrendo suas dezenas de corredores. Sem vendedores no pé da gente para incomodar. É só pegar o que quer e levar para o caixa. E os preços são ótimos.

 


Neve na Younge Street

Boas áreas para compras em Toronto são diversas. No centro estão situadas principalmente ao longo da King Street, Yonge Stret, Queen Street e adjacências. Quem gosta de fazer compras em shopping vai estar bem servido pelo Toronto Eaton Centre, o maior centro comercial do centro, situado entre Yonge Street e a City Hall. Outras alternativas mais afastadas, ideais para quem está de carro, são o Toronto Square One Shopping Center (100 City Centre Drive Mississauga), Fairview Mall (1800 Sheppard Av East), Yorkdale Center (1 Yorkdale Road 500) e Scarborough Town Centre (300 Borough Drive).

E ao caminhar no centro não esqueça de passar na The Bay (Queen Street 176, esquina com Yonge Street), uma das mais tradicionais lojas de departamentos do país, onde se encontra praticamente de tudo.

Foi saindo do Toronto Eaton Centre, naquela nossa primeira visita à cidade, que ficamos conhecendo o que é chamado de 'Sleet' ou 'Flurries'. O fenômeno meteorológico das chuvas que se transformam em neve ou gelo. Era novembro e várias vezes ao dia estas primeiras neves caiam na cidade, para indiferença de seus moradores e alegria dos poucos turistas tropicais.

 

 

Ao lado, outra foto do outono em Toronto. Durante os meses frios, o espelho de água existente em frente ao prédio da prefeitura transforma-se num concorrido rinque de patinação a céu aberto. De uma forma geral, os moradores da cidade são gentis e educados e tem prazer em prestar informações ou ajudar turistas desorientados. O trânsito também é civilizado e a educação dos motoristas pode às vezes até surpreender quem vem de outros lugares.

Não é necessário carro para conhecer Toronto. Íamos para o centro de carro porque nosso hotel ficava afastado, mas chegando lá ele ficava estacionado o dia todo. O centro pode ser percorrido a pé, e para ir para regiões mais afastadas é fácil pegar o bonde ou metrô. Para quem não está de carro sugerimos se hospedar próximo à King Street ou ruas adjacentes, o que irá facilitar o acesso às principais atrações da cidade e ao transporte público.


Rinque de patinação da City Hall

Outras informações úteis: Moeda: Dólar Canadense (CAD), sendo que a maioria das lojas, hotéis e restaurantes aceitam dólares americanos, às vezes com taxa de câmbio inferior à oficial. Cartões de crédito são amplamente aceitos. Gorjetas não são incluídas na prestação de serviços ou em restaurantes, mas é normal dar algo em torno de 15%. Tensão elétrica 120 V. Fuso horário: Mesmo da costa leste americana (GMT-5). Sistema de medida: Métrico. Horário de verão: Inicia no segundo domingo de março e termina no primeiro domingo de novembro. Principais jornais: Toronto Sun, Toronto Star, The Globe and Mail.


Árvores de Maple (Maple Trees)

A Maple Tree (árvore do maple, ao lado) é um símbolo do Canadá, a tal ponto que sua folha está representada no centro da bandeira do país. A árvore é encontrada em praticamente todo o hemisfério norte e tem mais de 100 espécies diferentes. Seu famoso xarope (syrup) é extraído de forma semelhante à tradicional extração da borracha em seringueiras, sendo feito um corte no caule, colocado um recipiente coletor amarrado à arvore e quando ele está cheio é recolhido. O Canadá é o maior produtor mundial de xarope de maple (maple syrup) e responde por aproximadamente 80% da produção global. Depois de fervido e tratado o maple está pronto para consumo, sendo muito utilizado em receitas de bolo, tortas, doces, sucos, coberturas etc. Tal é a popularidade do Maple por aqui, que o principal time de hockey de Toronto, chama-se Toronto Maple Leafs (folhas de maple de Toronto) e a música Maple Tree (fundo desta página) é quase como um segundo hino nacional.

 

Em frente à cidade encontram-se as Toronto Islands, conjunto de pequenas ilhas interligadas entre si (Algonquin, Muggs, Olympic), que vistas à distância parecem formar um tapete verde, tornando quase impossível resistir à tentação de ir até lá e conhecê-las mais de perto. Se este for seu caso, a melhor forma de chegar lá é pegando as embarcações que zarpam do Ferrydocks (situado no Queen’s Quay W 9), entre as ruas Yonge e Bay. Ao chegar nas ilhas é possível alugar bicicletas ou botes a remo para circular à vontade entre elas. Aproveite para visitar também Gibraltar Point Lighthouse, farol construído em 1808, todo em pedra. Na ilha situa-se ainda o Toronto Island / Billy Bishop Airport de onde operam vôos de curta distância.



Toronto Islands e Lago Ontario

 



Toronto e Lago Ontario

Sim, Toronto não é propriamente uma cidade turística, ela é lembrada principalmente como importante pólo empresarial e de negócios, mas nem por isso deve ser descartada por quem está a passeio. A maior e principal cidade do Canadá é um orgulho para sua população e para seu país, pela pujança, dinamismo, diversidade étnica, artística e cultural, e oferece muito para ver e fazer. A silhueta da cidade espelhada nas águas do lago Ontario já deixa claro aos visitantes que chegam que em Toronto dificilmente alguém irá sofrer de tédio ou falta do que fazer. Procure visitar a cidade fora dos meses frios, quando as atrações turísticas estão todas abertas e as temperaturas amenas são ideais para caminhadas ao ar livre, e assim você terá todas as condições de aproveitar ao máximo sua visita.

 

Fotos em alta resolução de Toronto

 

 

In Days of yore, from Britain's shore,
Wolfe, the dauntless hero came,
And planted firm Britannia's flag,
On Canada's fair domain.
Here may it wave, our boast, our pride,
And joined in love together,
The thistle, shamrock, rose entwine,
The Maple Leaf forever!

The Maple Leaf, our emblem dear,
The Maple Leaf forever!
God save our King, and Heaven bless,
The Maple Leaf forever!