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Com uma bela região costeira, situado a meio caminho entre a turística Florida e os industrializados estados da região norte, North Carolina é um estado que parece guardar um pouco das características de ambos os lados. Não é uma terra de forte apelo turístico fora dos Estados Unidos, e pouca gente vai até lá pensando em conhecer ou passear exclusivamente pela Carolina do Norte. Mas quem tiver mais tempo e estiver pensando em alugar um carro, com certeza vai encontrar por aqui lugares que merecem ser visitados, desde o litoral com centenas de quilômetros de praias badaladas ou desertas, agradáveis cidades de porte médio a pouca distância do litoral e ainda campos e pequenos e pacatos lugarejos.

Na imagem acima aparece o famoso Cape Hatteras Lighthouse, farol mais alto do país, considerado quase um símbolo estadual e situado numa das regiões menos freqüentadas e ao mesmo tempo mais belas do país, Cape Hatteras National Seashore, trecho integrante de Outer Banks, como é conhecida a estreita e longuíssima faixa de areia afastada da costa, onde praias e dunas se sucedem a perder de vista.

North Carolina tem grandes lavouras de batatas, milho, soja e amendoins e é líder na exportação de produtos têxteis. Ao mesmo tempo tornou-se um importante centro na produção de artigos eletrônicos, elétricos, computadores e químicos. Charlotte, sua maior cidade, é um dos mais destacados centros financeiros do país. O interior dispõe também de extensas reservas minerais, as quais tornaram o estado líder na produção nacional de feldspato e mica. Este conjunto de atributos faz com que seus moradores considerem a Carolina do Norte como um dos lugares mais bem sucedidos dentre os 50 estados americanos. Na imagem ao lado a simpática Wilmington, pequena localidade situada no sudeste do estado, banhada pelo Cape Fear river.

Quem visitar Vilmington não deve deixar de percorrer seu Waterfront, como é conhecida a região situada frente ao rio, onde ao longo de um calçadão de madeira, estão diversos bares e restaurantes. E quem gosta de navios não deve deixar de visitar o histórico Battleship North Carolina, que participou dos combates da segunda guerra mundial e desde que foi aposentado permanece aberto ao público, ancorado num pier de Wilmington. As duas atrações estão bem próximas.

Os primeiros registros de presença européia na costa de North Carolina datam de 1524, quando aportou no lugar o navegador genovês Giovanni da Verrazano. Ele desembarcou na região entre Cape Fear e Kitty Hawk e foi daí que se iniciou o desenvolvimento da região. Turistas que percorram o litoral a partir da pequena cidade litorânea de Oak Island e sigam na direção norte vão encontrar um cenário muito especial, formado por istmos, pequenas faixas de terra isoladas pelo mar e diversas lagunas. Parte desta região é absolutamente deserta enquanto em outras estão pequenas localidades de pescadores, antigos faróis, reservas naturais e até exclusivos condomínios de luxo. Muitos destes lugares nos transmitem uma sensação gostosa de paz e tranqüilidade.

 

Se nessa viagem encontramos uma cidade bonita seu nome é Charlotte, conhecida como Queen City (a cidade rainha). Ela recebeu esse nome para homenagear a rainha Charlotte, mulher de George III, rei da Inglaterra. E nossa opinião é que em breve Charlotte estará rivalizando com Atlanta pelo título de mais próspera cidade do sul americano. A foto ao lado mostra alguns de seus prédios modernos, mas o diferencial da cidade é mesmo o cuidado com os detalhes, limpeza e decoração.

Tryon Street, por exemplo, sua avenida principal, corta o centro no sentido norte sul, é toda arborizada e ornamentada com esculturas que dão um certo aspecto de museu às ruas centrais. Vale a pena observar o cruzamento das ruas Tryon e Trade, onde em cada uma das quatro esquinas há uma escultura gigante, representando os diferentes segmentos da sociedade que contribuíram para o desenvolvimento desta região.

Nos arredores do centro de Charlotte vale a pena visitar também Queen's Road, onde estão diversas mansões históricas, e ainda visitar os belos bairros de Plaza Hills, Elizabeth, Dilworth e Biddleville.

 

A sensação de calma e segurança que o litoral de North Carolina transmite pode ser um pouco enganosa, porque na verdade essa região é conhecida pelos pescadores com Cemitério do Atlântico, devido ao grande número de embarcações que já naufragaram, enganadas pelos turísticos e ao mesmo tempo traiçoeiros istmos. Além do mais o vento forte, quando resolve soprar, também tem fama de fazer muitos estragos. Conversando com moradores do litoral, ouvimos muitos relatos e histórias sobre tempestades e até mesmo furações que trouxeram muitos danos à região costeira, o que felizmente não aconteceu durante nossa passagem por lá. Em tempo: A temporada de furações na costa do Atlântico vai oficialmente de junho a novembro.

 

A região conhecida como Great Dismal Swamp situa-se na divisa com o estado de Virginia, e em seus mais de quatrocentos quilômetros quadrados estão pântanos, alagados, lagos, reservas animais e florestais e santuários de pássaros. Quem aprecia esta faceta ecológica do turismo - cada vez mais presente em tantos lugares - não vai se arrepender de passar um dia aqui, praticando atividades que vão desde a canoagem até caminhadas e roteiros de bicicletas pelas trilhas oficiais. Com certeza este é um daqueles lugares que não corresponde à idéia tradicional que um turista tem deste país, fora das grande cidades e shopping malls, mas oferece uma visão diferente destas terras.

 

Ainda em Charlotte observamos que a cidade está muito bem servida de parques, a começar pelo Martin Luther King Park, de onde se tem uma bela vista do centro. Não muito distante ficam o Revolution Park e o Freedom Park, muito freqüentados principalmente durante os fins de semana. Quem gosta de shoppings também vai encontrar ótimas opções, como o excelente Carolina Place Mall (na junção da I-485 com estrada 51). E para quem não se interessa por matas e manguezais, ali estão também filiais de todas as grandes lojas de departamento que fazem a alegria dos turistas, como Target e Best Buy.

 

A região de Cape Fear, mostrada na imagem ao lado, ganhou fama internacional depois que Martin Scorcese produziu um longa estrelado por Robert de Niro, onde um ex-presidiário infernizava a vida da família do advogado responsável por sua condenação. Mas nada poderia ser mais diferente do clima de horror que aquele filme transmite que a sensação de paz e calma que as praias de Cape Fear na verdade passam aos visitantes. Os cinqüenta quilômetros de praias de Cape Fear tem diversas atrações, e a região é uma das mais procuradas por veranistas, graças às praias semi-desertas, animados bares a beira mar, alguns museus, festivais de música e campeonatos de surf.

 

Ao lado uma foto de Raleigh, a capital estadual. Nossa passagem por aqui foi num domingo, e pode-se dizer que encontramos o que seria de se esperar ao visitar a capital de um estado do interior num domingo à tarde: Nada. Após rodar muito com o carro pelas ruas quase desertas vimos um carro da polícia municipal (carros de policia parecem estar em todo lugar nos Estados Unidos, sempre fazendo rondas, olhando em todas direções, como numa cena de cinema) e pedimos ajuda para localizar o Tourist Information Center da cidade.

O policial foi de uma gentileza total, pediu para seguirmos um pouco mais à frente e estacionarmos em local apropriado, em um trecho demarcado por faixas zebradas (não havia trânsito algum na cidade, estava tudo deserto. Mesmo assim seria inimaginável para ele parar alguns instantes fora de uma vaga demarcada). Em seguida estacionou sua viatura ao nosso lado e nos explicou detalhadamente como chegar ao Centro de Informações Turísticas de Raleigh. Infelizmente o que ele não disse e pelo jeito não sabia era que o centro não abria aos domingos....

Mesmo assim descobrimos mais tarde que em Raleigh vale a pena visitar o Museum of Natural Sciences, e o North Carolina Museum of History, onde se pode conhecer muita coisa sobre a história deste estado.

 

Se você perguntar a algum norte-americano quem foi Santos Dumont ficará chocado com a resposta que irá receber: Eles com certeza dirão: Who? Quem? Nunca ouvi falar! A figura tão conhecida de nosso "Pai da Aviação" é totalmente desconhecida dos americanos, que atribuem a primazia do primeiro vôo de um "mais pesado que ao ar" aos americanos Wilbur e Orville Wright. Por mais que isso desagrade a todos brasileiros e também muitos portugueses, franceses e outros tantos, a verdade é que o homem que pela primeira vez conseguiu fazer um engenho elevar-se do chão e voar com a força de seus próprios motores, percorrer um trajeto pré-estabelecido e aterrissar com perfeição, tendo como testemunha milhares de parisienses, é solenemente ignorado nos Estados Unidos.

O Wright Brothers National Memorial, monumento mostrado na imagem acima foi erguido próximo à cidade de Kitty Hawk, local onde aconteceu o vôo pioneiro daqueles que, segundo os americanos, são os Pais da Aviação. Esta alegação é baseada no fato que o vôo dos irmão Wright ocorreu em 1903, portanto anterior ao vôo de Santos Dumont. O evento não teve testemunhas oficiais além de um pequeno grupo de amigos dos irmãos Wright. Mas o que se sabe é que a máquina dos irmão Wright precisou de uma catapulta para decolar, pois seus motores não conseguiam tirá-lo do chão. Após ser catapultado a máquina dos irmão Wrigth percorreu uma determinada distância até aterrissar. Voou sim, é verdade, mas da mesma forma como voa um aviãozinho de papel jogado de uma janela.

Três anos mais tarde em Paris, Ernest Archdeacon, rica e influente personalidade da época, organizou um concurso no qual era oferecido um prêmio de três mil francos para primeiro piloto que apresentasse uma máquina capaz de decolar por conta própria e percorrer um percurso mínimo de 25 metros. Esperava-se que os irmãos Wright comparecessem com sua falada máquina voadora, mas eles nunca vieram.

Quem compareceu ao lugar do desafio - o Campo de Bagatelle - foi o brasileiro Santos Dumont, com uma máquina por ele batizada de 14-bis. À sua espera, reunidos no local, estavam Ernest Archdeacon, membros da comissão do Aeroclube da França e milhares de curiosos. Após dar a partida no motor, o 14-bis percorreu cem metros sobre o gramado, após os quais, para espanto e deslumbramento da todos ali reunidos, deixou o chão, subiu e voou por cerca de 60 metros a dois metros de altura. Era 23 de outubro de 1906. 

Santos Dumont foi cercado pela multidão e carregado em triunfo. O evento inédito foi divulgado em todos os jornais da França e também pelo mundo afora. Santos Dumont ganhou o concurso, o prêmio, e ainda mais importante, entrou para a história. O 14-bis havia voado - voado de verdade - e havia sido o primeiro a conseguir isto, embora até hoje os americanos não admitam.

Percorrendo as estradas do sul americano, principalmente as secundárias, é possível ver esta cena com bastante freqüência: A bandeira dos Estados Confederados, hasteada na frente de alguma casa. O estado de North Carolina foi o primeiro a declarar sua independência do resto do país, em 20 de dezembro de 1860. O motivo da ousada decisão foi a abolição da escravatura, decretada pelo presidente Lincoln, e com a qual o estado não concordava.

Em pouco tempo outros estados do sul seguiam o gesto desafiador da Carolina do Norte e logo estava deflagrada a guerra civil, que durou de 1861 a 1865, e terminou com a derrota do sul (Estados Confederados, como eram conhecidos). A bandeira vermelha com a cruz azul no meio e 13 estrelas representava esses mesmo Estados Confederados, e sua presença tão constante, mesmo que seja ao lado da bandeira americana, nos deixou uma certa dúvida: Seria sinal de algum ressentimento contra o norte, apenas nostalgia romântica, ou estaria representando idéias que ainda permanecem sob as cinzas?

 

Ao lado foto da entrada de Reed Gold Mine, como o nome diz, uma antiga mina de ouro agora transformada em atração turística. Até 1848, quando começou a corrida de ouro na California, o estado de North Carolina era o líder nacional na extração de ouro, e a mina Reed era uma das mais produtivas. A mineração empregava milhares de pessoas nesta região, e apenas perdia em número de trabalhadores para a pecuária. O nome da mina vem de seu proprietário, um inglês chamado John Reed, que lutou pela Inglaterra durante os combates da independência americana, mas que quando encontrou ouro nesse terreno, resolveu deixar a Inglaterra para lá e se radicar nos Estados Unidos para ficar rico. No lugar podem ser visitados os antigos túneis da mina, e apreciados artefatos usados pelos mineiros em 1800. 

 

Mais uma imagem de Charlotte, desta vez em frente ao Discovery Place, a principal atração da cidade. Trata-se de um museu interativo de ciências, onde se pode fazer experimentos de ótica, luz, som e compreender com facilidade muitas daquelas coisas estranhas da física que lemos nos livros mas não conseguimos entender bem como funcionam. No lugar também há exposições de biologia, astrologia, tecnologia e muitas outras gias. Interessante para adultos e fascinante para crianças. Outras atrações de Charlotte incluem o Museum of the New South, onde exposições interativas nos mostram aspectos da vida no sul dos Estados Unidos no período posterior a guerra civil; o Paramount's Carowinds, maior parque temático da região e o Charlotte Museum of History, museu sobre a história da cidade.

 

Um roteiro completo por North Carolina não pode deixar de incluir o lugar mostrado na imagem ao lado, Chimney Rock Park. Situado na região montanhosa do estado, este parque tem um dos mais fantásticos conjuntos de matas, rios e montanhas do sul do país. Para chegar lá tome como ponto de partida a cidade de Asheville, e siga por cerca de quarenta quilômetros na direção sul. Seu ponto mais famoso, e que dá nome ao parque, é esta rocha, conhecida como Chimney Rock (Rocha da chaminé), um mirante que se eleva a centenas de metros acima do parque, e de onde se pode apreciar um bom pedaço de North Carolina, um estado que pode não ter os atrativos turísticos da Florida ou o magnetismo de New York, mas que com certeza tem muito para ser visto e apreciado por qualquer turista.

 

 

Carolina! Carolina! Heaven's blessings attend her!
While we live we will cherish, protect and defend her;
Tho' the scorner may sneer at and witlings defame her,
Still our hearts swell with gladness whenever we name her. Hurrah! Hurrah!
The Old North State Forever!
Hurrah! Hurrah! The good Old North State!

Tho' she envies not others, their merited glory,
Say whose name stands the foremost, in Liberty's story,
Tho' too true to herself e'er to crouch to oppression,
Who can yield to just rule a more loyal submission?
Hurrah! Hurrah! The Old North State forever!
Hurrah! Hurrah! The good Old North State!

 


Bandeira de North Carolina