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Budavári Palota visto da margem oposta do Danúbio

O palácio de Buda, Budavári Palota, é a construção mais importante da cidade. Elevando-se sobre uma colina de 48 metros de altura, às margens do rio Danúbio, ele parece controlar a cidade a seus pés. E assim era, na verdade. A primeira colonização do local data do século 9, graças às tribos Magyares, que atravessaram os montes Carpatos e se instalaram nos territórios que viriam a formar a Hungria, no ano 896.

Em 1241, os Magyares são invadidos pelos Mongóis, que assumem o poder e decidem construir no local uma fortaleza, para ajudar a controlar seus novos territórios. O local escolhido é no topo do rochedo às margens do Rio Danúbio, um excelente ponto estratégico. Este castelo é a origem da cidade de Buda. 

   

Em volta do castelo foi construída posteriormente uma muralha, mas este ainda é um local rústico. Os anos passam, os mongóis partem, e após um período de lutas e anarquia, instala-se no trono o rei Carlos d’Anjou, proveniente de uma linhagem de nobres do oeste europeu. Entre 1308 e 1342 Carlos governa a partir do castelo construído pelos Mongóis. Seu filho, que entrou para a história como Luiz, o Grande, tem outras idéias, e decide que é necessária a construção de um palácio mais adequado à nobreza. Dá início então à construção do que viria a ser o primeiro palácio real de Buda.

Durante o reinado de Sigismund de Luxembourg, entre 1387 e 1437, o palácio real é aumentado e toda a corte Húngara transferida por ele. Neste período o palácio chega a ser considerado como um dos maiores da Europa. Com a morte de Sigismund, o trono Magyar e o castelo de Buda passam para seu genro, Albert de Habsburg, aparentado dos Habsburg da Áustria.

É o início de uma longa jornada que viria a unir Húngaros e Austríacos durante séculos, mas sempre sob o domínio destes últimos. Albert morre dois anos depois, e sobe ao trono seu filho Ladislav V Jagellon (entre 1440 e 1439). Segue-se após Jean Hunyadi (entre 1446 a 1458), que havia sido herói nas guerras contra os Turcos

Bondinhos de acesso ao castelo

 

Entre 1458 e 1490 acontece o período conhecido como Renascença Húngara. É uma época de grande desenvolvimento das artes e ciências. O castelo reflete este período iluminado e também cresce. São construídos novos trechos em estilo renascentista, projetados e decorados por artistas italianos e franceses. Com o casamento do rei com Béatrice d'Aragon, filha do rei de Nápoles, o palácio torna-se um dos centros da realeza européia e uma construção sem igual no leste europeu. No entanto, mesmo assim suas defesas não são suficientes para deter um novo ataque do exército Turco.

 

Entre 1541 e 1686 Buda é novamente sitiada. Luis II, monarca húngaro entre 1516 e 1526, sofre uma derrota humilhante para o sultão Soliman II. Perde, além disso, a própria vida. O castelo é incendiado pelos turcos, e sua realeza abandonada à própria sorte. É o início de um período muito difícil para os húngaros e seu castelo. A cidade é pilhada e todos os bens e tesouros são levados para Constantinopla (hoje Istambul). Os turcos ocupam em definitivo a cidade em 1541 e durante os 150 anos seguintes não tem paz. Lutas e batalhas são freqüentes. Os Habsburg tentam por cinco vezes retomar a cidade, mas não obtém êxito. Como conseqüência, o castelo, já muito danificado, chega a um ponto onde praticamente só existem ruínas.


Construções dentro da área do castelo

 

 

Apenas em 1686 os Habsburg conseguem expulsar os turcos da cidade. No entanto, a reconstrução do palácio de Buda iria esperar mais um pouco para começar. Somente em 1714 o imperador Carlos III de Habsburg decide construir um novo palácio. Cabe à imperatriz Marie Thérèse de Habsburg sua conclusão. Em 1749 as obras são entregues ao arquiteto Jean-Nicolas Jadot e duram vinte anos. Apenas em 1769, já sob o comando do arquiteto Franz Anton Hillebrandt, o novo palácio de Buda é inaugurado.

Em 1796 o arquiduque José de Habsburg torna-se Palatino, o que equivalia ao título de governador geral, e decide aumentar ainda mais Budavari Palota. Segue-se o período das guerras Napoleônicas, quando o castelo é usado como refúgio da família real. 1810 vê um grande incêndio destruir grande parte das novas instalações. Em 8 de junho de 1867 casam-se Francisco José e Elizabeth (Sissi), vindo a formar o império Austro Húngaro.

Após o casamento, surge a necessidade de um palácio à altura da monarquia mais importante da Europa. São construídos novas alas, e a estrutura central em domo, ponto principal do palácio, e que pode ser vista ainda hoje. O período de glória é coroado com a união das cidades de Buda e Pest em 1873, e com a sagração desta nova cidade como capital da Hungria. O castelo de Budapeste atinge seu ponto de máximo esplendor na história. Sissi é apaixonada pela cidade e pelos húngaros. Suas visitas ao castelo são constantes, e fazem com que, até hoje, ela seja uma das lembranças mais amadas pelo povo.

 

Atualmente o palácio de Buda é considerado não apenas uma fortaleza e palácio, mas também um marco na história do país. A partir de 1908 passou a contar com um museu dedicado à imperatriz Sissi, assassinada em 1898. Ao todo, existem hoje 203 salas perfeitamente conservadas, onde estão localizados, entre outros, o Museu Histórico de Budapeste e a Galeria Nacional. Em 1987 o prédio foi declarado patrimônio cultural da humanidade. Hoje pode-se dizer que visitar Budavári Palota é, sem dúvida, uma das melhores formas de conhecer a conturbada e emocionante história da nação Húngara.