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É difícil para quem está nos bairros centrais de Lisboa não perceber a existência desta fortaleza, principalmente para um típico turista, que geralmente caminha olhando para todas direções, procurando ver o máximo possível de tudo ao mesmo tempo. Imponente, majestoso e sóbrio, dominando a cidade do cume da mais alta de suas sete colinas, está o Castelo de São Jorge, considerado o próprio berço da cidade de Lisboa.

Se um eventual observador tivesse permanecido no alto destas muralhas ao longo dos séculos ele seria uma pessoa de sorte, pois teria a oportunidade de testemunhar a história e a evolução de uma cidade e de seu povo, pois a história deste castelo confunde-se com a própria história de Lisboa e de Portugal. Este endereço, por sua localização estratégica privilegiada, já era utilizado pelas mais antigas civilizações que aqui se estabeleceram, como ponto de observação e defesa.

Os primeiros registros conhecidos são dos tempos dos Cézares, quando os exércitos da Roma Imperial dominaram a península Ibérica e decidiram que esta era a localização perfeita para um forte militar. Por volta do século V, termina o domínio de Roma, e grande parte da Europa é tomada pelos Visigodos, tribos de origem germânica. Sua influência faz-se sentir também no extremo oeste da Europa, e a antiga fortificação Romana é adaptada para servir aos novos senhores. Sua dominação dura alguns séculos, ao fim da qual chegam os Árabes.

Os primeiros registros conhecidos são dos tempos dos Cézares, quando os exércitos da Roma Imperial dominaram a península Ibérica e decidiram que esta era a localização perfeita para um forte militar. Por volta do século V, termina o domínio de Roma, e grande parte da Europa é tomada pelos Visigodos, tribos de origem germânica. Sua influência faz-se sentir também no extremo oeste da Europa, e a antiga fortificação Romana é adaptada para servir aos novos senhores. Sua dominação dura alguns séculos, ao fim da qual chegam os Árabes.

A dominação dos Mouros nos territórios que hoje correspondem a Portugal e Espanha foi uma das mais longas e marcantes, e até hoje são diversos os exemplos de sua influência por todo o país. É graças a eles, que um dos bairros mais conhecidos da cidade chama-se Mouraria, próximo a esta colina. Eles aproveitam o forte já existente, decidindo também ampliá-lo e transformá-lo numa fortaleza completa. De certa forma, pode-se dizer que este período, entre os séculos X e XI, marca o nascimento do castelo de São Jorge, embora ainda sem esta denominação. O conjunto torna-se maior, tem uma grande muralha incorporada ao longo de sua periferia, e passa a desempenhar novas funções, servindo inclusive como proteção para outros prédios da cidade, e abrigo de sua população.

Em 1147, novos e importantes eventos mudam mais uma vez o rumo e a história do castelo. Dom Afonso Henrique expulsa os árabes (Mouros e Sarracenos) de Portugal, e tem início o período nobre da edificação. Mesmo antes de Lisboa ser elevada a condição de capital do País, ele passa a ser utilizado como residência real. A denominação Castelo de São Jorge é adotada apenas a partir de 1371, por determinação do rei João I, como comemoração a um pacto militar e político assinado entre Portugal e Inglaterra. O nome escolhido homenageava o conhecido Santo Guerreiro, sempre combatendo um dragão, e que já na época era um dos nomes mais venerados por ambos países. Até o reinado de Dom Manuel I, em 1511, época marcada pelo início das grandes navegações e descobertas, o castelo permanece como residência real e um dos principais centros da vida política e social da cidade.

Com a chegada do próspero período das grandes navegações, aumenta a fortuna do país, assim como o enriquecimento da família real, graças em grande parte às descobertas e ao ouro trazidos das novas colônias, inclusive do Brasil. Um local mais nobre e adequado é providenciado para abrigar a família real, fazendo com que o castelo assuma agora novas funções e passe a ser utilizado como prisão e quartel militar. Ao todo ele dispõe de seis mil metros quadrados de área, distribuídos em forma de quadrilátero. Sua longa muralha é intercalada por dez torres, sendo a principal a existente no centro da muralha sul. Dentre todos os atrativos do castelo, o principal talvez seja a magnífica vista de Lisboa, já que é exatamente daqui que se tem o melhor ponto de observação da cidade.

Um de seus pontos mais famosos é conhecido como Torre do Observatório, já que nela foi instalado o primeiro observatório astronômico da cidade, ainda em 1779. Anexas ao castelo encontram-se também várias construções históricas, como a Casa Ogival, que tem este nome graças à sua construção executada com cinco arcos em forma de ogivas. Entre os lados sul e leste do castelo pode-se ver ainda os vestígios do fosso que fornecia uma proteção adicional ao conjunto. Outro ponto característico fica junto à Praça do Poente, onde estava situado, junto à muralha norte, a Porta da Traição. 

Infelizmente o terremoto de 1755 causa grandes danos ao castelo, a tal ponto que ele precisa ser abandonado, pois fica sem condições de utilização. Este intervalo dura 180 anos, durante os quais apenas ruínas podem ser vistas no topo da colina. Com a chegada do século XX, e o interesse cada vez maior da população em preservar seus marcos históricos, surge um movimento por sua recuperação, que tem o primeiro passo dado em 1910, quando o castelo é declarado Monumento Histórico Nacional, e prossegue em 1938, quando o governo militar dá início a um programa de reformas que consegue reconstituir grande parte da estrutura original.

Infelizmente o terremoto de 1755 causa grandes danos ao castelo, a tal ponto que ele precisa ser abandonado, pois fica sem condições de utilização. Este intervalo dura 180 anos, durante os quais apenas ruínas podem ser vistas no topo da colina. Com a chegada do século XX, e o interesse cada vez maior da população em preservar seus marcos históricos, surge um movimento por sua recuperação, que tem o primeiro passo dado em 1910, quando o castelo é declarado Monumento Histórico Nacional, e prossegue em 1938, quando o governo militar dá início a um programa de reformas que consegue reconstituir grande parte da estrutura original.

Hoje em dia, para qualquer visitante que esteja em Lisboa, este é seguramente um dos pontos que não podem ser esquecidos. Seus jardins abrigam flores e lagos e são um convite à caminhada. Visite também o periscópio gigante da Torre Ulisses, o Espaço Museológico, onde é apresentado um interessante espetáculo multimídia sobre a história e evolução da cidade, e principalmente aprecie a sólida estrutura milenar desta fortaleza e da magnífica vista de Lisboa e do rio Tejo, aos seus pés. A subida até lá pode ser um pouco cansativa, por isso é aconselhável pegar um táxi.