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Hohenschwangau visto de longe

Foi numa tarde agradável de setembro que, depois de sairmos cedo de Munique num carro alugado, que aproveitamos para conhecer as principais atrações turísticas dos arredores. E de nossa lista constavam dois locais muito importantes: Hohenschwangau e Neuschwanstein.

O castelo de Hohenschwagau está situado no sul da Alemanha, a pouco tempo de carro de Munique, na região onde antigamente situava-se o estado autônomo da Baviera. A história de Hohenschwagau vem desde o século XII, e este era um lugar, situado entre florestas e montanhas, com um visual belíssimo, já era usualmente freqüentado por nobres e cavaleiros medievais. Conta-se que um dos mais famosos cavaleiros teria sido o príncipe Konradin, morto durante um combate no ano de 1268.

   

Ao que consta, Staufen foi uma famosa linhagem de cavaleiros e a irmandade era proprietária de castelo na região de Hohenschwagau, a qual consistia somente numa rústica construção em pedra, que nada tinha a ver com o que hoje vemos neste lugar. Mas no século XVI, com o fim da dinastia Staufen, seu castelo foi abandonado, e em pouco tempo apenas ruínas passaram a existir naquele lugar.

Muitos anos mais tarde, quando Napoleão Bonaparte invadiu o território da Baviera, o local foi ainda mais danificado, mas ainda assim permaneceu atraente, devido à sua privilegiada situação estratégica. Foi então comprado pelo príncipe Maximilian, que mais tarde subiria ao trono da Baviera sob o nome de Maximilian II, futuro pai de Ludwig II.


Chegada ao castelo

 


Um dos salões de Hohenschwangau

Ludwig II determinou a reconstrução completa das ruínas que havia adquirido, pois estava determinado a transferir a corte de Munique aqui para a Baviera. Embora seu intento nunca tenha se concretizado, Hohenschwagau tornou-se em pouco tempo a residência de verão da família imperial. Foi neste castelo que Ludwig, filho do imperador, passou a maior parte de sua infância.

Com a morte de seu pai, em 1864, Hohenschwangau tornou-se a residência favorita de Ludwig, o jovem novo rei da Baviera. Ele amava este lugar, e costumava dizer que era o paraíso na terra, local onde podia perseguir seus ideais e encontrar felicidade.

Site: Hohenschwangau

Na verdade, Hohenschwagau é muito mais um palácio do que um castelo e embora sua arquitetura externa tenha sido inspirada nos modelos clássicos de palácios medievais, do ponto de vista militar ele seria ineficiente. Por outro lado, como palácio ele era o máximo, e teve seu interior decorado pelos melhores artistas da época, e, felizmente, pode ser apreciado ainda hoje. Moritz Von Schwind, Dominik Quaglio e diversos outros contribuíram para transformar o palácio de verão dos imperadores da Baviera num autêntico brinco de cristal.

Quatorze salas de Hohenschwagau estão atualmente abertas à visitação, dentre as quais destacam-se a Capela, Sala de Bilhar, Sala do Cisne Real (antiga sala de refeições), Sala dos Heróis (o ambiente tem esse nome devido às pinturas retratando a epopéia dos guerreiros Wilkina no século XIII), aposentos particulares da imperatriz, Sala dos Hohenstaufen (influente dinastia da história alemã), e Sala dos Cavaleiros.

É desta época o início da forte influência que o compositor Wagner iria exercer em Ludwig por toda sua vida. Por diversas vezes, o jovem rei presenciou apresentações de Wagner ao piano de Hohenschwagau, pois o músico era um freqüente convidado da família imperial. De acordo com a história, o próprio Ludwig foi um excelente pianista.


Lateral do castelo

 


Vista externa de Hohenschwangau

O castelo de Hohenschwagau é um exemplo belo e bem conservado de uma época importante da Alemanha, bem como do estilo de vida da corte de Bavária. Infelizmente ele parece não desfrutar do reconhecimento turístico que merece, pois, devido à proximidade, acabou sendo eclipsado pela fama de seu vizinho Neuschwanstein (veja o link na coluna ao lado). Mesmo assim, qualquer um que visite esta região da Baviera, não pode deixar de conhecer esta dupla de maravilhosos castelos.