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O local onde o Castelo de Heidelberg foi construído, alguns quilômetros ao sul de Frankfurt, já era habitado há muito tempo. O nome Heidelberg, no entanto, só iria surgir em 1196. A primeira construção existente neste local era propriedade do Duque Ludwig Von Bayern, quando este foi investido como Palatino, em 1225. O Palatinato era um sistema de governo onde a maior autoridade era exercido pelo chamado Palatino, um cargo semelhante a de governador, com poderes executivos e judiciários sobre toda determinada região. Heidelberg era cidade sede de um palatinato.

A construção do castelo foi acontecendo ao poucos, durante um período que cobriu 300 anos. Devido a isto, o estilo arquitetônico apresenta influências de várias épocas diferentes, desde gótico ao renascentista. Foi Ruprecht III, auto denominado Ruprecht I Von der Pfalz, o primeiro rei dos estados germânicos palatinos. Tendo governado a partir de 1398, tomou a iniciativa de construir uma residência real. 

O local era privilegiado, pois, encravado na encosta da montanha, os residentes desfrutavam de uma vista excelente, além de poder controlar todo o movimento das embarcações do rio Neckar. Durante o governo de Ruprecht III foi também iniciada a construção da Heiliggeistkirche (Igreja do Espírito Santo). Quando morreu, em 1410, o Palatinato foi dividido entre seus quatro filhos.

As primeiras partes do castelo eram de arquitetura mais despojada, quase sem ornamentação, mas aos poucos, cada príncipe dos séculos 16 e 17 acrescentava novos elementos, transformando o castelo aos poucos num verdadeiro palácio. Os dois prédios principais do conjunto, que formam suas alas leste e norte, foram erigidos durante os reinado de Ottheinrich (1556 - 1559) e Friedrich IV (1583 - 1610), e atualmente são considerados como um dos mais importantes marcos na história da arquitetura alemã

Por determinação Friedrich IV, a fachada do prédio conhecido com Friedrichsbau (prédio de Friedrich) foi adornada com 16 estátuas dos antigos príncipes Palatinos. Entre 1610 e 1632, sob o governo de Friedrich V, foram adicionados o Hortus Palatinus (jardins do palácio palatino), Englische Bau (prédio inglês), e Elisabethentor (portão de Elizabeth, em homenagem à sua esposa).

 

Este conjunto de preciosidades arquitetônicas transformou o castelo num local belíssimo, centro das principais atividades da corte. Durante este período o palácio e seus jardins abrigaram muitas atividades culturais e políticas. Com Friedrich V, a cidade de Heidelberg e seu castelo chegaram ao ponto máximo de esplendor. O ponto culminante desta época é a eleição de Friedrich V como Rei da Boemia, em 1619. Mas então, logo a seguir, veio a Guerra dos Trinta Anos.

Site: Schloss Heidelberg

O conflito entre 1618 e 1648, que entrou para a historia com o nome de Guerra dos 30 Anos, foi a primeira grande guerra européia, com grandes conseqüências políticas e religiosas. No então chamado Sacro Império Romano do Ocidente, que vigorava em grande parte da Europa, um dos reis alemães era eleito pelos príncipes e bispos, e coroado pelo Papa como Imperador Chefe da Cristandade. Todos os outros reis deveriam respeitá-lo como tal. Isto gerava ressentimentos e revolta entre os protestantes, que não reconheciam sua autoridade.

Com o crescimento do ressentimento entre ambas as partes, surgem ações mais violentas, e logo está formado o conflito. A crise alastra-se pela Alemanha e rapidamente atinge toda a Europa. Heidelberg está no centro do conflito, e as conseqüências são fáceis de prever. A cidade é atacada, invadida, e o castelo e grande parte dos prédios são muito danificados. No entanto, outras guerras ainda viriam. Em 1688 Heidelberg é invadida pelas tropas francesas de Luis 14. Todas as cidades alemãs ao longo do rio Reno são destruídas, inclusive Heidelberg. O Castelo é barbaramente atacado e danificado. Conta-se que apenas um prédio da cidade, o Hotel Ritter, não foi destruído, e permanece até hoje como era na época. 

Em 1693 vem o golpe de misericórdia, durante a chamada Guerra Palatina, quando a cidade é novamente invadido, pilhada, e o que restava do castelo é praticamente destruído na totalidade. Durante os séculos seguintes, houve muitas tentativas de reconstrução do castelo de Heidelberg, mas os resultados foram modestos. Destaca-se o empenho de Charles Graf Von Graimberg, que a partir de 1810 devotou grande parte de sua vida à reconstrução do palácio.

Mesmo assim, devido aos altos custos da empreitada, o antigo esplendor que o castelo chegou a ostentar nunca mais foi recuperado. Nos últimos 40 anos, o governo da região de Baden-Württemberg investiu cerca de 40 milhões de marcos na recuperação e manutenção do castelo. Ainda assim, a maior parte do que pode ser visto hoje é composta de ruínas.

Atualmente, o castelo é o local turístico mais visitado de Heidelberg. Os prédios reconstruídos podem ser percorridos em seu interior, e nos dão alguma idéia do que já foi o esplendor da corte palatina. O acesso até a encosta onde o castelo está situado é feito através de um trenzinho que percorre um plano inclinado. As visitas são feitas em grupos, conduzidos por guias falando alemão, inglês, francês e espanhol.

Como curiosidade, vale visitar, anexo ao castelo o imenso barril de vinho, considerado o maior do mundo, e que virou atração turística adicional. A melhor época para visitar o local é no verão, durante o Festival do Castelo de Heidelberg, quando são organizados em seu pátio concertos musicais, óperas e peças de teatro.

Vídeo: Schloss Heildelberg